Revista da ESPM - MAI-JUN_2007
Mesa- Redonda cipantes.Toda a estratégia foi montada em cima da embalagem como site da empresa. Mas não basta comunicar o endereço na web, pois os sites são, normalmente, muito ruins. JR – Isso daria outra revista. Quanto há de incompetência no marketing pela internet... Mas vamos entrar no assunto final: carreiras em em- balagem. Como vocês vêem a for- mação dos jovens profissionais para as novas fronteiras da embalagem? LUCIANA – Nos países mais desen- volvidos, já existe uma formação bastante sólida. Isso mostra como é essencial, estratégico, ter pes- soas qualificadas, no mercado, que saibam gerenciar todo esse sistema. No Brasil, felizmente, estamos começando a ter esses cursos. Uma ini- ciativa como a da ESPM, ao introduzir um curso sobre gestão estratégica de embalagem, ajuda a elevar o Brasil num patamar de competitividade diante da indústria internacional. CELSO – Os designers evoluíram profissionalmente,mas acrescentaria, também, o setor de tecnologia da impressão, que melhorou muito. JR – Você acha que o designer é potencialmente um profissional de embalagem? O administrador de empresas pode ser um especialista em embalagem? FABIO – Se tiver uma especializa- ção, sim. JULIANA – Que a embalagem é feita para proteger o produto, transportar, estocar, facilitar o uso, todos já sabem. O desafio para a nova geração é descobrir de que maneira podemos fazer, da embalagem, o veículo mais forte de relacionamento entre, não só o consumidor final, mas todos os que, de alguma forma, vão interagir com ela.Ver a embalagemcomo umcartão de visita da empresa, que consegue transmitir a sua reputação, missão... Cada vez mais, os profissionais terão de conversar, interagir. Não adianta só o técnicoqueenxergaos números,mas nãoas relações humanas. Comcerteza, o profissional de design , o administra- dor, opublicitário vão agregar atributos àquela embalagem que o engenheiro jamais conseguirá enxergar. SILVIA – Sem contar que terão uma oportunidade que não existia há 10 ou 15anos,queéaquestãodapreocupação ambiental. É algo novo, uma área a ser explorada, que está quase virgem. JR – Neste aspecto, é necessária a intervenção do governo, como órgão regulador? SILVIA – Não creio que seja indis- pensável. Acho que o mercado tem condições suficientes para resolver a maioria das questões. “O CONSUMIDOR NÃO SEPARA O QUE É O PRODUTO DO QUE É A EMBALAGEM.”
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