Revista da ESPM - MAI-JUN_2007

Liliam Benzi 87 MAIO / JUNHO DE 2007 – R E V I S T A D A E S P M ualquer um que se proponha a abordar o assunto embalagem, por menos especialista que seja, acaba, sem querer, apontando o óbvio: embalar é proteger, não de uma forma descompromissada, mas com paixão e com a capacidade de atrair o consumidor para os benefícios do produto que não aparecem no momento da compra. A embalagem também evidencia o compromisso da empresa em oferecer um produto de qualidade e totalmente seguro. Numa relação quase simbiótica com o produto, a embalagem capta a sua alma e a traduz através de formas, grafismos e materiais cada vez mais elaborados; todos esses recursos apoiados por uma tecnologia de ponta que vai desde o uso de mate- riais renováveis e que garantam sus- tentabilidade, até sistemas de aber- tura/refechamento que “premiem” o consumidor com total conveniência e funcionalidade. A otimização da logística – transporte, armazenagem e distribuição – é outra característica intrínseca da boa embalagem. E o grande mérito da globalização é que essa definição de embalagem não se aplica apenas ao Brasil – 11 o no mercado mundial de embalagens com um crescimento anual de 2,7% – ou aos Estados Unidos, hoje omaior mercado de embalagens do mundo. Maior, mas com os dias contados. Isto porque o país registra uma das taxas mais baixas de crescimento de con- sumo de embalagem – 1,2% contra os 5,6% anuais da China. Esta taxa da “gigante amarela” faz com que o país se aproxime mais rapidamente do se- gundocolocado, o Japão, cuja retração econômica sentida nos últimos anos fez comque suas taxas de crescimento se mantenham ao redor de 1,2%. Já a Europa – representada pela Alemanha, França, Inglaterra, Itália e Espanha – mantém taxas de cresci- mento que variam de 4,5% a 6% ao ano, o que faz com que sua posição no ranking mundial permaneça prati- camente inalterada. O mercado global de embalagens está avaliado em pouco mais de US$ 477 bilhões, devendo ultrapassar US$ 565 bilhões já em 2009. As mudanças que afetam a indústria globalmente são o estilo de vida do consumidor, conseqüência da nova estrutura familiar onde os dois tra- balham e as crianças são convidadas – ou se convidam! – a participar das decisões de compra. A longevidade desses consumidores, assim como a sua preocupação incessante com saúde e bem-estar, também é determinante para estabelecer novos padrões de consumo e de embalagem. Assim, vemos uma enxurrada de novos projetos cujos apelos são porções menores ( single use ), porta- bilidade (possibilidade de consumir em qualquer lugar, a qualquer hora inclusive em movimento), aumento do número de versões (para todos os gostos e necessidades, religiões e culturas) e praticidade em todos os O BRASIL – 11º NO MERCADO MUNDIAL DE EMBALAGENS COMUMCRESCIMENTOANUAL DE 2,7%. OS ESTADOS UNIDOS SÃO, HOJE, O MAIOR MERCADO DE EMBALAGENS DO MUNDO. MAIOR, MAS COM OS DIAS CONTADOS. ISSO PORQUE O PAÍS REGISTRA UMA DAS TAXAS MAIS BAIXAS DE CRESCIMENTO DE CONSUMO DE EMBALAGEM – 1,2% CONTRA OS 5,6%ANUAIS DA CHINA. Q

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