MAI-JUN-2011
R E V I S T A D A E S P M – maio / junho de 2011 116 Essa geração tem o poder da superinformação, proporcionada pela internet e pela comuni- cação instantânea. Não há para esses jovens qualquer dificuldade em navegar no ciberné- tico e buscar as informações que necessitam nesse mundo sem fronteiras. Superprotegida pela família, a geração super Y não precisou assumir as dificuldades en- frentadas pelos seus pais e avós, membros das gerações X e baby boomers , nas empreitadas de vida e de trabalho. Vai viver super mais, promete a biotecnologia, e por consequência vai trabalhar muito mais. Certamente não irá se aposentar nos moldes que conhecemos hoje, ou seja, dentro dos mo- delos de previdência que existem agora e no atual número de anos dedicados ao trabalho. Com tanta proteção familiar, e com diversos jovens vivendo na casa dos pais muito mais tempo, mostram-se super despreparados comportamentalmente para a vida e para o trabalho. Dedica “super” pouco tempo para entender o mercado de trabalho, ambiente que irá fazer parte de sua vida durante de- zenas de anos. A geração super Y tem uma série de desafios a enfrentar para assumir a liderança que pertencerá aos seus integrantes dentro de algum tempo. O primeiro deles refere-se ao preparo ade- quado sobre o meio empresarial. O jovem precisa estar consciente de que o mercado de trabalho não contrata amadores. Conhecer os seus segredos, como se dão as relações nesse meio, quais os seus caminhos e o que é valorizado e exigido no mundo empresarial, claramente são atributos imperativos para o jovem super Y poder entrar e se manter competitivo nesse ambiente. O jovem necessita também estar antenado e interessado com o que acontece no mundo. Jovem desligado e desatualizado não serve para atuar profissionalmente. E, acima de tudo, é obrigatório o jovem super Y ter casca no lugar da pele para lidar com o ambiente corporativo, que pode ser bastante “insalubre” em diversas ocasiões. O mercado de trabalho não contrata quem é fraco e desiste das numerosas batalhas que irão fazer parte de sua trajetória profissional. O jovem super Y necessita ter resistência às frustrações sem o escudo protetor dos pais, pois, nas empresas, como na vida, só sobrevivem as espécies que se adaptammais rapidamente. E, assim, a pri- meira etapa estará concluída: entrar no mer- cado de trabalho. Porém, trata-se da primeira batalha profissional vencida. O que fazer para também se vencer a segunda, ou seja, aquela mais difícil, que é a de se manter competitivo e atuante no mundo das empresas? Devido a sua facilidade em navegar pelo cibe- respaço, a geração su- per Y usufrui da internet, da comunicação instan- tânea e da superinfor- mação. O jovem alheio a esta realidade pode encontrar problemas no mercado de trabalho. O jovem da geração super Y mostra-se des- preparado, comporta- mentalmente, para a vi- da, ficando mais tempo em casa de seus pais. Além de dispor de pou- co tempo para entender o mercado de trabalho, algo que vai permear sua vida por dezenas de anos.
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