MAI-JUN-2011

R E V I S T A D A E S P M – maio / junho de 2011 120 Mesa- redonda N os debates que se seguem o leitor encontrará um clima de conflito, perplexidade e incerteza quanto ao futuro. Sem exagero, esta é a impressão que nos causa essa troca de ideias entre profissionais com longos anos de prática na seleção e treinamento de jovens executivos para as grandes empresas brasilei- ras. Isso reflete, em primeiro lugar, a crise de identidade e de afirma- ção pela qual passa a juventude, mas reflete também a inadequação dos métodos utilizados pelas empresas para acolher e desenvolver os seus recrutas. Os empresários queixam-se muito dos problemas que enfrentam na seleção de trainees , principalmente devido ao as- pecto comportamental, ou seja, aos princípios e valores dos jovens. Mas, de sua parte, apresentam muitas vezes falhas gritantes na definição de sua cultura organizacional, objetivos de longo prazo e até mesmo ética no relacionamento com terceiros. Tudo isso mostra que a empregabilidade de que tanto se fala é responsabilidade não apenas de quem quer se empregar, mas também de quem emprega. As mudanças provocadas pelo novo ambiente global de negócios, integração das economias e novas tecnologias foram tão rápidas que ainda não foram assimiladas por nenhuma das duas partes. Escola versus empresa : ainda mais distantes ? Fotos: Donizeti S. Pinto

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