MAI-JUN-2011

permitiu processar volumes muito maiores de dados e atender milhares de pessoas com um menor número de empregados. Somou-se a isso a terceirização de diver- sas atividades não consideradas essenciais para o negócio bancário, tais como limpeza, segurança, transporte de valores, entregas etc. E novas ideias a respeito da gestão nas empresas. A redução dos níveis hierárquicos foi de relevância fundamental para aumentar a velocidade das decisões nas empresas e acelerar a solução dos problemas dos clientes com base na reengenharia. Em 1996 Rifkin publicou o seu livro O fim dos empregos , preconizando uma época em que empregos formais seriam substituídos por trabalho eventual em todas as funções incluindo as de direção das empresas. E empregabilidade foi a expressão usada para definir um conjunto de competências ne- cessárias para se ter opções de trabalho, ter a possibilidade de oferecer serviços para as empresas que, eventualmente, necessitas- sem de planejamento, controle, pesquisa e desenvolvimento, treinamento de pessoas etc. É interessante observar que a expressão empregabilidade foi cunhada para indicar competências para um mundo sem empre- gos, e se tornou sinônimo das competências necessárias para se ter um emprego. De forma paradoxal as competências para se ter um emprego, ou para manter-se empre- gado, para receber uma promoção, arrumar um novo emprego quando se é demitido, foram agrupadas no grande guarda-chuva da empregabilidade. No final do século XX competência é outro termo que aparece em profusão nos autores da administração. O perfil dos profissionais buscados no limiar dos anos noventas e com vistas ao novo milênio é o de pessoas empre- endedoras, autônomas, capazes de improvisar soluções para problemas imprevistos: eles são os assim cha- mados profissionais competentes, e são desejados em todas as funções de trabalho, do chão da fábrica à direção das empresas. O sonho favorito da maioria dos jovens e dos pais desses jovens é a oportunidade de um bom emprego, e, futu- ramente, um promissor plano de carreira. O conceito de competência prevalece como a síntese de todas as qualificações dese- jadas pelos profissionais, pois boa parte do conhecimento e informações sobre processos, produçãoepatentesestásobo domínio dos funcionários. No pós-guerra a aspiração pelo emprego coincide com a maior complexidade das empresasquandosãointrodu- zidos controles numéricos de velocidade,mudandodeforma significativaoperfildotrabalho e do trabalhador nas fábricas. A tecnologia reduz significan- temente o número de empre- gos e altera drasticamente as formas de trabalho, em especial, nas áreas adminis- trativas, atingindo diretores, gerentes e cargos mais altos na hierarquia da empresa. Competência é o termo que apareceemprofusãonessadé- cada. A autonomia e a capaci­ dade de solucionar problemas fazcomqueprofissionaissejam desejados em todas as fun­ ções, do chão da fábrica à direção da empresa. MÁQUINAS TECNOLOGIA COMPETÊNCIA INFORMAÇÃO 70 80 90 2000 M. Dueñas LINHA DO TEMPO maio / junho de 2011 – R E V I S T A D A E S P M 137

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