MAI-JUN-2011
R E V I S T A D A E S P M – maio / junho de 2011 14 } Para a Uni lever, o fato de ser considerada pelos jovens uma companhia aspi racional também a coloca nos holofotes. ~ FRANCISCO – Marcelo, o tema desta edição é empregabilidade, que é uma preocupação constante dos jovens, principalmente dos alunos de cursos super iores. Embora todos acabem empregados, eles passam por aquela crise que conhecemos. Já fizemos ou- tras entrevistas. Uma delas foi com a Sofia Esteves, que, aliás, trabalha com a Unilever. MARCELO – Grande amiga, parceira de 20 anos. Ela conhece bem os jovens. FRANCISCO – Ela falou sob o ponto de vista de uma recrutadora de talentos e foi uma entrevista muito rica. Tive- mos também uma mesa-redonda com diretores de RH de grandes empresas. Montamos um panorama bem com- pleto da realidade: o que as empre- sas esperam e por que, nem sempre, encontram o que precisam; além dos problemas conjunturais em que es- colas como a nossa poderiam ajudar, colaborando para sanar dificuldades e áreas problemáticas. Curiosamen- te, o que preocupa as empresas hoje é a questão comportamental. Nesta entrevista, vamos falar sobre todos esses assuntos, porém sob o foco da Unilever, uma multinacional que tem tradição na área como recrutadora e treinadora de talentos. No Brasil, a Unilever tradicionalmente prepara e entrega ao mercado mais executivos do que precisa. Esta é a regra. MARCELO – No Brasil, a Unilever tem uma tradição de mais de 80 anos e uma respon- sabilidade com a matriz de fazer negócios benfeitos, além de fornecer talentos para a operação global, porque a Unilever Brasil é a segunda operação da companhia no mundo e a maior entre os países em desenvolvimento. Neste contexto, temos algumas vantagens: são 13 mil funcionários atuando no mercado nacional. Essa escala ajuda porque temos uma massa crítica. O outro lado do contexto é o nosso famoso Programa de Trainees, onde a Sofia entra como nossa parceira. ALEXANDRE – Tão importante quanto a escala, é ser uma empresa desejada. MARCELO – Exatamente. Sob esse ponto de vista, o Programa de Trainees é uma das vias. Um terço da minha gerência vem desse Programa de Trainees. Outros dois terços vêm do crescimento da base de funcionários e dos que recrutamos no mercado. Claro que, quanto mais você sobe na escala hierárquica, maior é a representação dos trainees . Toda essa retenção é um ponto a favor, este é o contexto. Tive a oportunidade de trabalhar em diferentes países, como na Inglaterra e na maior parte da América Latina. Pos- so assegurar que o Brasil é hoje um dos maiores e mais competitivos mercados do mundo. Isto está mudando a velocidade das regras do jogo. Para a Unilever, o fato de ser considerada pelos jovens uma companhia aspiracional também a coloca nos holofotes, já que nossos recursos são muito atrativos para outras empresas concorrentes. Ainda assim, nosso poder de atração continua o mesmo. E isso não acontece por acaso. Ano após ano, trabalhamos na reformulação e comunicação de uma proposta de valor para nossos atuais e futuros funcionários E N T R E V I S T A
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