MAI-JUN-2011
maio / junho de 2011 – R E V I S T A D A E S P M 163 cação profissional dos candidatos a novas vagas ou promoções, no âmbito do trabalho e quase com exclusividade considerando-se apenas empregos formais. Entretanto, no atual cenário mundial, sobretudo no caso de países emergentes como o Brasil, não podem ser ignoradas as competências dos profissionais para que se mantenham empreendedores ao longo dos tempos ou possam mesmo enquadrar-se em situações de trabalho informal ou outras tantas for- mas de contratos de trabalho mais recentes. Assim, o termo vem rompendo a barreira de sua aplicabilidade apenas direcionado para obtenção de emprego, o que parece ser cada vez mais raro em sociedades como a brasileira, para impor-se, adicionalmente, a outras formas de atividades laborais. O que está na cabeça da geração super Y RUY LEAL PÁG. 114 É consenso que a geração Y (ou super Y como prefiro e justifico) é a mais preparada do ponto de vista técnico e tecnológico que a humanidade já preparou. As gerações anteriores e que ainda estão na ativa, a Baby boomer e a X, atestam sem pestanejar que quando tinham a idade atual dos super Y, sabiam bem menos. Porém, é claro que os tempos são outros e os jovens super Y foram aprendendo tendo o mundo da tecnologia como pano de fun- do e referência. Paralelamente, o mercado de trabalho também foi se desenvolvendo na tecnologia, mas não só na tecnologia. Hoje, o quadro de exigências do mundo das empresas é igualmente muito mais complexo e, de fato, não passa somente pelo conhecimento técnico que o jovem super Y possa ter. De maneira obrigatória o comportamental vem sendo, na maioria dos casos, fundamental para o aproveitamento profissional do jovem super Y. Empregabilidade: um olhar CÉLIA MARIA MARCONDES FERRAZ SILVA PÁG. 134 O artigo situa a expressão empregabilidade no contexto dos desejos coletivos influen- ciados pelo tempo, pela mídia, pela moda etc. Estabelece uma relação entre o con- ceito de empregabilidade e o conceito de competência nos diferentes momentos do capitalismo. Mostra que a aspiração por um emprego coincide com a maior comple- xidade das empresas no pós-guerra e, em especial, após os anos setentas, mudando de forma significativa o perfil do trabalho e do trabalhador das fábricas, quando houve necessidade de áreas de planejamento, en- genharia, marketing, controle, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento nas empresas, ampliando-se as oportunidades de emprego para os jovens recém-saídos das faculdades de engenharia e administração de empresas. E como causa e consequências andam juntas nesse processo, a economia cresceu com a sofisticação dos hábitos de consumo, e a oferta de empregos também. Mas a meca- nização, a tecnologia e as novas práticas de gestão reduziram empregos e expandiram a busca por profissionais competentes. Quais as competências necessárias para o futuro é uma pergunta cuja resposta é vital para um jovem. Mas pouco se fala sobre empregabi- lidade em cinco ou dez anos. Assim sendo, é preciso olhar a questão de um espectro mais amplo e acrescentar paixão na equação. Indivíduos, escolas e empregabilidade: um trinômio a ser construído FÁTIMA MOTTA PÁG. 140 Este artigo trata do trinômio emprega- bilidade, indivíduo e escola, discorrendo sobre a necessidade de desenvolver nos profissionais uma consciência mais apurada sobre a sua responsabilidade pela emprega- bilidade. Parte da necessidade não atendida das empresas, que buscam profissionais com competências que gerem os resultados esperados e não os encontram com a faci- lidade com que gostariam. Nesse cenário, a escola é fundamental, sendo necessárias mudanças de conteúdo programático, para que sejam incluídas matérias que tratem de competências essenciais, citadas no artigo, de forma profunda e completa, bem como que adotem uma postura mais próxima às empresas e aos indivíduos, contribuindo para uma sociedade mais sustentável. A produção do sentido reflexões sobre jovens, trabalho e marcas na era digital MARCELO COUTINHO PÁG. 146 A presença das interações digitais nos mais diversos aspectos da existência contribui para diversificar a maneira pela qual os consumidores, especialmente os mais jo- vens, atribuem sentido para seus padrões de consumo, estudos e carreira, entre ou- tras atividades do cotidiano. As interações nas redes sociais digitais se constituem em uma fonte alternativa de significação e interpretação das marcas, em alguns casos tão importante quanto a comunicação de massa. O ambiente digital amplia, acelera e pereniza essas interações, exigindo adap- tações profundas nos modelos de negócios de diversos integrantes da cadeia de valor da comunicação, e dos “códigos de conduta” das empresas, tanto em relação aos seus consumidores quanto funcionários e demais stakeholders. McLuhan e as estratégias publicitárias contemporâ- neas: transformações nos papéis de produtores e consumidores VANDER CASAQUI PÁG. 152 Este artigo tem por objetivo rever algumas teses de Marshall McLuhan a respeito da publicidade, do consumo e dos papéis as- sociados ao trabalho, a partir do cenário em que as transformações da esfera produtiva e da comunicação incluem novos sentidos para o consumidor, alçado à categoria de coprodutor, como aponta uma das tendên- cias discutidas por McLuhan em sua obra Understanding media . Para tratarmos desta questão, discutimos casos recentes que envolvem estratégias de publicização do mercado de automóveis, especialmente o Projeto Fiat Mio, em que uma plataforma digital construiu o sentido de produção cooperativa para a concepção do “auto- móvel do futuro”. O quadro teórico inclui, além do autor canadense, reflexões teóricas sobre a publicidade, o consumo e o mundo do trabalho. ES PM
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