MAI-JUN-2011

R E V I S T A D A E S P M – maio / junho de 2011 26 Insegurança e indecisão não são um bom cartão de visita para o mercado de trabalho. Tudo isso é resultado da falta de preparo do jovem que sai das escolas rumo às universidades sem orientação adequada para decidir sobre qual carreira trilhar, o que leva muitos a optarem por cursos tradicionais na esperança de diminuir o risco do erro. o realidadeenfrentadapormuitosjovens na hora de se colocar no mercado de trabalho é, na maioria das vezes, muito dura, tanto para aqueles que precisam ajudar a família ou custear seus estudos, quanto para os jovens que estão embusca de umestágio, programas de trainees ou seu primeiro emprego. É nessa hora que podem surgir sentimentos como insegurança, falta de confiança, incertezas e muitas dúvidas. Jovens saem das escolas rumo às universidades semorientaçãoadequadapara tomadadedecisão sobre qual carreira trilhar. Muitos acabam fre- quentando cursos tradicionais, como Medicina e Direito, para diminuir o risco do erro. Isso os torna mais inseguros, o que gera reflexos diretos na busca de um emprego – no mercado de tra- balho, insegurança e indecisão não são um bom cartão de visita. Há ainda aquelaparcelaquebusca abrigono fun- cionalismopúblico,mirando apenas estabilidade e sistemas de aposentadoria diferenciados, em detrimento da construção de uma carreira com outras possibilidades de crescimento. Aqui cabe uma observação: os jovens devemescolher umaprofissãopor afini- dade, aptidão e real desejode dedicar-se à área de interesse. Isso não é uma visão românticae tal escolha faráumadiferen- ça significativa emsua carreira. Seguir a mesma carreira dos pais por imposição ou comodidade, pensar somente no retorno financeiro imediato ou na se- gurança de uma posição semdesafios e riscos certamente irá se comprovar uma decisão equivocada no longo prazo. Ao mesmo tempo em que há uma par- cela da juventude tomandodecisões por conveniênciaouconservadorismo, oque podemos observar na grande maioria dos jovens quepertencemà geração“Y”, formada por nascidos após 1980, é a busca por posições em empresas com valores corporativos que destaquema qualidade de vida de seus cola- boradores, queofereçamposições comsignificado e impacto nomercado e que possibilitemganhos financeiros e ascensão em curto prazo. Para eles, não deve haver barreiras entre um trainee eumpresidente, seja emtermos de forma- lidade ou de acesso, a hierarquia e qualquer tipo de burocracia que torne as decisões mais lentas devemser eliminadas. Esse apanhadode caracte- rísticas pode ter consequências desastrosas parao ambiente corporativo caso não haja equilíbrio de interesses eacordos saudáveispara seaproveitar o melhor de cadageração–dos trainees que chegam destemidos e com energia, dos gestores que têm vivência e experiência para balizá-los. A Fonte: Pisa (Programme for International Student Assesment). Três verdades sobre os pais que acreditam na formação da escola pública no Brasil NÃO completaram o ensino fundamental ampliado de 8 para 9 anos a partir de 1996. NÃO possuem renda maior que três salários-mínimos, (no valor R$ 545,00 do último reajuste). NÃO leem jornal ou possuem acesso a informação de maneira fácil e adequada. M. Dueñas

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