MAI-JUN-2011

maio / junho de 2011 – R E V I S T A D A E S P M 33 Por outro lado, as empresas devem entender que liberdade e flexibilidade são caracterís- ticas consideradas essenciais ao jovem para que tenha um bom ambiente de trabalho. A busca por informações nas “redes sociais”, a velocidade em conseguir uma informação só são possíveis dentro de uma organização que permita o jovem se expor e ousar sem ter medo de ser repreendido. Muitos jovens esperam que a empresa cobre-os apenas pelo resultado. Querem ter flexibilidade na forma como execu- tam as tarefas. O efeito esperado é o aumento da produtividade dos jovens que, sentindo-se respeitados, realizarão suas tarefas com maior comprometimento e com foco no resultado. Empresas como Natura, Google e Apple já se adaptaram a essa realidade. Empresas que inspiram, atraem e retêm talentos. Inovação é uma característica comum dessas organi- zações que dão maior liberdade e espaço aos jovens, sabem escutar e tirar o melhor de cada um deles. DESAFIO DO JOVEM: Adaptar-se e compre- ender as regras da corporação. DESAFIO DA EMPRESA: Revisar eadaptar seus processos ànecessidadeedinamismodomercado. Promoção versus incentivos Dinheiro, status , bônus, benefícios são o que os profissionais buscam, porém muitos jovens querem algo a mais do ambiente de trabalho: querem reconhecimento, desafio e oportunidade para mostrarem seus valores, colocarem em prática o que aprendem na faculdade e sentirem-se úteis à empresa. O incentivo dependemuitas vezes do quanto esse jovempercebe que pode ser reconhecido e crescer na empresa. Cabemencionar que receber desafios é um modo de o jovem sentir que a empresa confia e aposta nele. Outro incentivo é a relação com o líder. O jovem busca inspiração nos profissionais mais experientes. É com eles que o jovem quer aprender e crescer. Ter um bom líder, que saiba conversar com o jovem e entender sua necessi- dade, é fundamental para amenizar o choque cultural provocado pela diferença de gerações. Enquanto a empresa precisa ouvir seus colabo- radores desta nova geração, os jovens devem ter paciência para descobrir amaneira e omomento certos de falarem, sempre respeitando a hierar- ( ( E.F., freelancer, 24 anos, aponta: } O que os gestores antigos às vezes não sabem é que fechando, tirando essa liberdade da gente para ter mais produtividade, tem um efeito contrário. ~ ( ( R.S., designer, 19 anos, comenta: } É como você dar um doce para uma criança. Se você falar para a criança “Vai ali e pega o controle remoto para mim”. Se você falar para a criança que você vai dar o doce se ela pegar o controle, ela vai pegar resmungando, se sentindo chantageada. Se você falar para ela que ela pode ficar com o doce inicialmente e que ela pode manusear o controle remoto, nunca mais você vai ter problema com demanda, pois ela vai se sentir parte do processo. ~ ( ( R.G., que trabalha numa agência de design, 23 anos, comenta: } Me dá liberdade, que eu tenho respon- sabilidade! Liberdade não significa que tendo deadline de um minuto que eu vou ficar na internet, nas redes sociais. Isto não tem nexo! ~ Levando-se em conta que aEra da Informação prima pela vantagemde uma boa aplicação do conhecimento, impedir o acesso a sites, portais e “redes sociais” aos jovens funcionários po- de limitar a velocidade com que atingem uma informação.

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