MAI-JUN-2011
maio / junho de 2011 – R E V I S T A D A E S P M 63 do que deveriam. O receio por competição é compreensível. Mas a passividade sobre informações não é. Com a conclusão da faculdade, continuará em contato com áreas diferentes da sua, na empresa onde trabalha e em novos cursos que fará, muitos tendo por foco específico travar novos conheci- mentos pessoais. Em tempo: cabe lembrar que as redes sociais, hoje, assumem um papel fundamental na “ oportunização” de acesso, de visibilidade e de vínculos. Estar em contato não é o pro- blema. Entretanto, qual é a forma de visibi- lidade que cada um está provendo através da rede? Se há um objetivo profissional a ser alavancado, vale repensar os posts pu- blicados, as opiniões propagadas, as fotos divulgadas e mesmo a utilização de “ endereço infantilizado” do e-mail para contato. Momentos de carreira Existem momentos diferentes para cada carreira, os quais seguem uma determinada lógica, importante para não mis- turar fases, cargos e qualificações específicas. Nesse sentido, podem-se planificar, de forma genérica, quatro grandes etapas: A sociedade contempo- râneanos expõea certe- zas absolutas, e a frase “ter de acertar” assume uma exigência preco- ce aos 16 ou 18 anos. São jovens que devem “saber” como trabalhar para tornarem-se ricos, felizes e motivados por toda a vida. Se esque- cendo de que a opção “rico e feliz” como forma pronta, necessarimente, não exclui o fato de que a vida deve ter um sen- tidomaior para o sujeito. que a atual função ou (2) poderá buscar no mercado uma empresa que possibilite maior visibilidade ou status hierárquico e financeiro na nova área de atuação. O exercício do networking A falsa moral assusta muitos profissionais quando se trata de sua rede de relaciona- mentos. Como se o interesse profissional por alguém significasse usar alguém em benefício próprio, enganando-o e sem ética. Networking não é criar um grupo de amigos que vão ouvir confidências ou que vão fre- quentar a casa de alguém. É um grupo de profissionais que podem contar uns com os outros, seja para indicações, seja para informações, objetivamente – o que também não quer dizer, necessariamente, de modo formal, pouco divertida ou impessoal. É uma prática que se estenderá por toda a carreira. Sua importância pode ser compre- endida pelos números que discretamente a envolvem: de acordo com profissionais ligados a gestão de carreira, as indicações pessoais representam hoje mais de 50% das ocupações de vagas disponíveis em funções de gestão. Diante desse fato, algo simplório como esquecer de levar cartões de visitas quando se participa de um evento ou não participar sistematicamente de eventos de seu setor toma proporções mais delicadas. Por sua vez, o networking começa na facul- dade. O primeiro grupo de relacionamento e de referência é a turma de um aluno. Aos poucos, uns começam a estagiar. Uma vez no mercado, saberão mais facilmente de outras vagas e trarão a informação para seus colegas. A questão que se propõe é a de como estas relações estão sendo construídas e como cada um é percebido nesse contexto. Mas o fato é que, mesmo em uma sala de aula, os alunos trocam menos informações
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