MAI-JUN-2011
R E V I S T A D A E S P M – maio / junho de 2011 70 estágio só para fazer uma grana e entrar no jogo. Quandoalguémchega aqui sabendooquequer e porque escolheu a Lew'Lara, é bemprovável que a Lew'Lara escolha esse profissional, observa o publicitário. Por último, estude muito as pessoas, porque é com elas que você vai lidar o tempo todo!” Ele conclui dizendo que ainda não pensa em ter seu próprio negócio. “Mas penso sim em um dia ser presidente de uma agência.” JáRafael Liporacebateumbolãoquandooassun- to é empreendedorismo. Ex-aluno de graduação do curso de publicidade da ESPM, optou por estudar e deixar de lado o sonho de ser jogador de futebol. Logono segundoanode faculdade, ele passou seis meses estagiando na Empresa Junior da ESPMRio de Janeiro, desenvolvendo projetos para grandes clientes, como Lojas Americanas, Golden Cross, Varig e Shell. De lá tornou-se exe- cutivodemarketingenovos negócios da empresa de web marketing Brainter. Pouco tempo depois, Liporace deixou o emprego estável para se aventurar no mundo do empre- endedorismo. Junto com outros três sócios, um amigo da ESPM e outros dois que conheceu no programa Iniciativa Jovem da Shell, fundou a Biruta Mídias Mirabolantes. Focada em projetos diferenciados de mídia alternativa, a agência já coleciona inúmeros cases , como Pit Stop da Shell, ação da empresa patrocinadora da Fórmula 1, onde os motoristas de São Paulo foram surpre- endidos emsemáforos da cidade por uma equipe de pit stop que lustrava vidros, simulava trocas de rodas e ainda os presenteava com brindes. “O empreendimento, que começou em 2003 com um saldo devedor de R$ 20 mil, chegou a um faturamento de R$ 2 milhões em menos de dois anos de atividades”, comemora o empresário, que hoje também atua como professor de mídias alternativas e empreendedorismo e coordenador do Núcleo de Empreendedorismo da unidade do Rio de Janeiro da ESPM. “AEscolame deu a pos- sibilidade de abrir a cabeça, de ver coisas novas, de sentir o cheiro domundo empresarial. Enossa grande sacada foi entender, oito anos atrás, que o mercado de comunicação já estava saturado de mídias tradicionais.” Outroque contou comumadose extrade criativi- dadepara lançar seupróprionegócio foi oempre- sárioFranciscoSoaresdeCarvalhoMontans, pro- prietáriodaÁguadeCocoRio, umnegócio focado na área de bebidas funcionais. “Três anos depois do lançamento, a empresa já começa a entrar no azul. Para 2011 chegaremos à venda de 1 milhão de litrosdebebidasRio, que jácontacomumplano de expansão para a criação de novos produtos e incremento em propaganda”, adianta o profis- sional que, para abrir seu próprio negócio, tomou a difícil decisão de deixar seu emprego em uma multinacional de telecomunicações. “Agora, como empreendedor, a regra é clara: odonode empresa deve sentar sempre ao lado do caixa. Afinal, toda receitapositivaestáatreladaaoestabelecimentode margens saudáveis.” De acordo comMontans, o curso de comunicação que fez na ESPMo ajudou a trabalhar essa parte mercadológica. “Aprendi a entender um pouco de tudo, principalmente os famosos 4 "P’s" e todas as variáveis que afetam o negócio direta ou indiretamente, desde o fluxo de caixa até a satisfação dos clientes.” A prática do discurso Da unidade gaúcha da Escola Superior de Propa- ganda e Marketing vem outro case de empreen- dedorismo, produzidopeloex-alunoTiagoFaccio. Aos 19 anos, ele deixou a cidade de Porto Alegre paracursaroGraphicDesignCollege, nosEstados Unidos, ondeficoupor dois anos. Aovoltar parao Brasil, em2004, montou aWoodooOficinaWeb, uma agênciade comunicaçãodigital que também desenvolve games . “Pensamos sempre o negócio do cliente como sendo onosso. Isso cria umcanal de confiabilidade grande entre a empresa, cliente e empregado, e todos acabam ganhando.” Aos 25 anos, o empreendedor resolveu retomar sua carreira acadêmica, na ESPM de Porto Ale- gre. “Utilizei o curso como uma consultoria para o meu negócio. Aproveitava todos os trabalhos acadêmicos e relacionamentos com professores. Este foi um foco diferente e mais maduro.” Comesse posicionamento, Faccio transformou os bonequinhos damarcaWoodoo emsensaçãona- cional. “Construímos uma identidademuito forte com o público porque fizemos bonequinhos de vodus dos candidatos à presidência da República e de times que jogavam contra a seleção do Brasil duranteaúltimaCopadoMundo.Agora, estamos lançando o Woodoo para iPhone”, revela Faccio, ressaltandoqueempreender ébom,masdá traba- lho. “Desde que voltei para o Brasil, depois de 11 anos,tireimeusprimeirosdezdiasdefériasagora.”
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