MAI-JUN-2011
maio / junho de 2011 – R E V I S T A D A E S P M 85 duzidos pela Coordenação Geral de Imigração (CGI) do Ministério do Trabalho. Das 11.530 autorizações de trabalho concedidas no pri- meiro trimestre deste ano um volume recorde para o período −, 60% foram direcionadas a estrangeiros com diploma universitário, mes- trado, doutorado e até Ph.D. Além disso, 80% dos vistos foram vinculados a funções técnicas ou a projetos de transferência de tecnologia. Além das competências técnicas Falta gente qualificada para ocupar as vagas disponíveis e minha preocupação é que, para muitas posições, são contratados profissio- nais sem a devida qualificação e, além disso, muitas das contratantes não se preocupam em formar, treinar e desenvolver essas pes- soas. Custa caro, mas custará mais caro a médio prazo. O jornal O Estado de S. Paulo , em 17/04 publica matéria com pesquisa iné- dita realizada com companhias que somam 22% do PIB e indica que 92% têm problema para preencher vaga. A mesma pesquisa mostra que 54% das companhias reduziram os requisitos na contratação de pessoal para as áreas técnica e operacional. Nos cargos es- tratégicos, 28% das empresas também dimi- nuíram as exigências, como pós-graduação, fluência em idiomas e experiência. Muito além da precariedade em relação à formação técnica, que ainda com algum esforço em programas de treinamento é possível desenvolver, estamos diante de uma situação socialmente complexa, pois faltam, para os jovens profissionais, competências comportamentais mínimas, assim percebido pelas empresas. Há praticamente consenso entre os que tra- balham com recrutamento e seleção de que, o que está difícil de encontrar, mesmo, é o “brilho nos olhos”. Não é poesia. Pode pa- recer subjetivo, mas tentarei objetivar o que selecionadores e gestores estão buscando sob o nome de brilho nos olhos. ENTUSIASMO QUERER DETERMINAÇÃO PERSISTÊNCIA CURIOSIDADE VONTADE DE APRENDER INTERESSE MOTIVAÇÃO Dimoza
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