MAI-JUN-2011

maio / junho de 2011 – R E V I S T A D A E S P M 95 } Tudo exige cer to tempo de amadurecimento e, para você assumir novos desafios, precisa, realmente, exer­ citar. Nada melhor do que um dia após o outro para ganhar experiência e crescer prof issionalmente. ~ jovens chegam a trocar de organizações de seis em seis meses, de ano em ano... FRANCISCO – A média é incrível: de duas a três vezes por ano. JOSÉ RICARDO – A pessoa não tem tempo de concluir um ciclo, entregar um projeto interessante, construir um legado. Essa ansiedade própria dos jovens que saem das universidades é um aspecto a ser lapidado, visando minimizar esse efeito. Hoje, os jovens trocam de emprego por R$ 200,00, R$ 300,00 a mais, pela ilusão de ganhar um prêmio, pelo glamour de ser cobiçado por outras empresas. Uma grande diferença que observamos em relação às gerações anteriores é esse vínculo, esse senso de pertencimento. Por isso trabalhamos muito o comportamento da “atitude de dono”, fa- zendo a pessoa vestir a camisa e ter orgulho em trabalhar nas agências do Grupo. O mercado como um todo sente hoje esse ner- vosismo por conta da inquietude dos jovens. Ninguém nasce antes dos nove meses. Tudo exige um certo tempo de amadurecimento e para você assumir novos desafios, precisa, realmente, exercitar. Nada melhor do que um dia após o outro para ganhar experiên- cia e crescer profissionalmente. ALEXANDRE – As empresas também não têm uma parcela de responsabi­ lidade nessa ansiedade do jovem em querer trocar de emprego? JOSÉ RICARDO – Sim. A empresa acostu- mou-se com essa cultura. Nesse segmento é muito comum receber profissionais que já passaram por alguma agência do Grupo, saíram para o mercado e retornaram. FRANCISCO – No seu mercado, pelo menos, as empresas não têm interesse em trocar os bons elementos... JOSÉ RICARDO – Dificilmente tem algum desligamento por parte da empresa, prin- cipalmente se o funcionário tem um bom desempenho e corresponde aos comporta- mentos e expectativas do negócio. Esse é um movimento contrário: 90% dos desligamentos ocorrem por decisão dos próprios profissio- nais, que veem no mercado um aquecimento grande e, às vezes, acabam trocando o em- prego certo por expectativas frustradas. De maneira geral, procuramos ter uma asserti- } Pesquisas comprovam que, em 90% dos casos, o índice de insucesso das pessoas é decorrente de atitudes e compor tamentos e não de def iciência técnica. ~ J o s é R i c a r d o A m a r o

RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx