MAI-JUN-2011
R E V I S T A D A E S P M – maio / junho de 2011 96 } Sou mais favorável ao recrutamento de esta giários, porque o Programa de Trainee gera cer to glamour antecipado para um jovem que ainda não está preparado para lidar com isso. ~ ENTREVISTA vidade na seleção, capacitamos esses profis- sionais internamente, além de realizarmos um trabalho de ambientação e familiarização dele na cultura do Grupo. FRANCISCO – É importante que uma grande empresa como a sua tenha um Programa de Estágios e de trainees , também como forma de atrair e con servar bons elementos. O Grupo ABC tem algo desse tipo? JOSÉ RICARDO – Temos apostado nisso por meio de um programa de estágio nas principais agências do Grupo. É um mo- delo de rodízio, no qual o estagiário tem a oportunidade de, a cada dois ou três meses, vivenciar uma área diferente dentro da organização. Conhecendo toda a cadeia logística do processo de negócio, ele pode identificar em qual área tem mais afinidade: mídia, planejamento, atendimento, criação, produção ou RTV. Esse rodízio é feito com a supervisão do gestor, que acompanha a evolução e desempenho desse estagiário. Também promovemos programas de Jovens Aprendizes, com um cunho social, para identificar novos talentos entre jovens que estão terminando o ensino médio, na faixa de 15 a 17 anos... FRANCISCO – Vocês procuram dar oportunidade a alguns deles? JOSÉ RICARDO – Sim. O Grupo ABC apoia uma escola do governo, a Escola Francisco Fusco, no Morumbi, oferecendo melhores recursos tecnológicos, incentivo aos professores, reformas prediais e tudo o que está ao nosso alcance. Há mais de cinco anos, a escola tornou-se um ícone, um exemplo de escola estadual. Procu- ramos estabelecer esta parceria e, assim, atrair jovens aprendizes para as agências. A pirâmide organizacional tem sempre de ser alimentada e renovada com jovens talentos para que possamos ter um movi- mento natural de crescimento. ALEXANDRE – Qualquer característica de personalidade, de comportamento tem lados positivos e negativos. A an siedade também tem seu lado positivo, já que faz a pessoa se mobilizar para realizar novos projetos e tarefas. Esse é um traço que percebemos em nossos alunos. Mas parece que esses jovens, em muitos casos, exacerbam esse com portamento e acabam se prejudicando. Agora, o jovem empreendedor é por natureza um ansioso, que quer rea lizar tudo o mais rápido possível. Na sua avaliação, uma pessoa com essa ansiedade voltada para o empreende dorismo, que consiga ter foco nas suas tarefas, é mais contributiva para as empresas ou traz mais problemas? JOSÉ RICARDO – Todas as gerações − a “X”, a “Y”, a “ Baby Boomer ” − têm seus pontos positivos e negativos. Precisamos complementar a formação desses jovens, não deixando de aproveitar características como o desprendimento e o arrojo. O que tenho incentivado muito é o complemento das gerações, com pessoas mais experientes passando um pouco mais de racionalidade
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