MAI-JUN-2011
maio / junho de 2011 – R E V I S T A D A E S P M 97 } A ética deve fazer parte do indivíduo como con dição sine qua non para ele ter sucesso, credi bilidade, legitimidade e construir sua história sem deixar manchas na trajetória. ~ e embasamento conceitual para os mais novos e absorvendo esse dinamismo, essa vontade de acontecer, de realizar, essa garra de ver acontecer, essa inquietude no sentido positivo de realização que os jovens têm. O casamento das características de outras gerações com esta nova geração Y é o grande segredo. Isso é brilhante porque você dá oportunidade, principalmente, para a área criativa, deixa as pessoas mais soltas e elas conseguem criar, produzir, entregar com mais liberdade, sem medo de errar, com mais brilho nos olhos. FRANCISCO – Todo ano, a Unilever contrata em torno de 50 trainees e pelo menos cinco profissionais oriun dos de fontes completamente distin tas. A maioria vem de boas escolas, por meio de processos de seleção que você conhece bem. Mas esses cinco são escolhidos nas escolas públicas ou são filhos de famílias de uma classe social mais baixa, que dificilmente seriam selecionados em um processo normal. Na empresa, eles formam um grupo à parte, tanto que contam com gestores para adaptá-los à cultura da empresa. A Unilever acredita ser importante renovar, continuamente, seu corpo de trainees e estagiários, além de manter alguns profissionais que conheçam as necessidades da nova classe média – de que tanto se fala – melhor do que aqueles que já estão numa classe supe rior. Essa é uma preocupação válida? JOSÉ RICARDO – Sim. Todo tipo de di- versidade é válido. Numa das agências do Grupo temos o Programa Safári, que busca recrutar profissionais de outras reg iões do Brasil. Já realizamos esse programa no Nordeste e no Sul. Agora, estamos partin- do para outras regiões. Temos um índice demográfico nas agências do Grupo, uma diversidade muito grande. FRANCISCO – Vocês procuram refletir a diversidade do país. JOSÉ RICARDO – Mu ito. Procuramos sempre prestigiar a inclusão de pessoas de diferentes classes sociais e regiões do Bra- sil. Hoje 49% de nosso quadro é composto de mulheres e 51% de homens. Esse índice é bem equilibrado, inclusive, nos cargos de gestão, as mulheres têm um pacote de remuneração equivalente ao dos homens. Temos pessoas de várias raças e naturali- dades. Incentivamos muito a diversidade. E o Programa Safári é um desses exemplos, já que incentiva jovens menos favorecidos, de classes sociais mais baixas. FRANCISCO – E eles acabamse dando bem? JOSÉ RICARDO – Sim. Hoje, os gestores estão mais preparados para assumir esse tipo de diversidade social e econômica. Outro ponto que não citei são os portadores de deficiência física. Também procuramos incentivar a contratação de pessoas porta- doras de deficiência física, principalmente para as áreas administrativas. J o s é R i c a r d o A m a r o
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