Revista da ESPM MAR-ABR_2007

14 R E V I S T A D A E S P M – MARÇO / ABRIL DE 2007 Entrevista abrindo espaço para ele e os compa- nheiros. Para mim, foi uma oportuni- dade fantástica o convite que recebi da Escola. Assim que me convenci de que poderia cumprir esse papel, foi fácil desligar-me da ADAG. ARMANDO – Quais são seus planos imediatos? PIRATININGA – Outro dia, fiz uma apresentação para diretores de cursos e chefes de departamento. Perguntei- e sustentabilidade. A Escola tem duas áreas distintas, e cada uma muito interessante. A graduação caminha maravilhosamente bem, tem contínuas avaliações positivas por parte do MEC – está sempre em primeiro lugar – com índice de empregabilidade bem acima da mé- dia: 94%. Talvez, na graduação, haja pequenas intervenções – que iremos discutir com os responsáveis de cada área, para serem feitas de forma eficaz, sematrapalhar o conjunto dos progra- mas. Na pós-graduação, a liberdade é maior. Recentemente o Gracioso criou 10 núcleos de estudo e desem- penho – que vão desde agronegócio até esporte e há propostas novas para cursos de MBA. A ESPM deve, princi- palmente, continuar como está. Das quatro ênfases que levantei, algumas são difíceis de se conseguir, como a internacionalização, mas outras serão mais fáceis de implementar. JR – Duas dessas áreas são bem atu- ais. Uma é a questão de geração de conhecimento: subitamente, não só a Escola, mas todas as instituições de ensino do mundo tornam-se centros de geração de conhecimento: não só aulas, livros ou teses, mas podem-se tornar produtoras e depositárias de conteúdos importantes para o mundo digital que estamos vivendo. Falemum pouco sobre isso. GRACIOSO – Omarco divisório foi a criação do CAEPM. A Escola decidiu investir, sistematicamente, naprodução de conhecimento. Já começamos a colher frutos. Mas há outras áreas que também contribuem, produzem idéias novas, colocam conceitos e experiências emperspectiva.Achoque a função da academia – quando se fala em conhecimentos novos – consiste também em colocar em perspectiva o que surge vindo do próprio mercado. Muitas idéias novas, experiências que colhemos, classificamose introduzimos no contexto acabam transformando-se emregras, normasdecomportamentoe ação futura.AEscoladeveria ter sempre em mente que o grande problema da geração acadêmica de conhecimento, no Brasil, é que muitas pesquisas e conhecimentos novos não são trans- postos para omundo real, não se trans- formam em tecnologia, em subsídios de valor prático para quem está no mundodos negócios. Nossa Revista da ESPM é umbomexemplo. Ela procura tratar os assuntos, nesse ponto de transição – muito sutil, mas muito real – entre o conhecimento acadêmico e a tecnologia de valor prático. “A ESPM É, HOJE, UMA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO, DE ADMINISTRAÇÃO E ATÉ DE OUTRAS ESPECIALIDADES.” lhes: quem é o maior concorrente da ESPM hoje? E fiz algumas perguntas retóricas: FGV, IBMEC, FAAP? E aí revelei qual é o nosso maior concor- rente: nenhum deles, e sim Francisco Gracioso. O nosso maior desafio é tentar fazer mais do que ele, ou, pelo menos igualar. Quando vejo o trabalho do Gracioso ao longo desses anos, acho que nos entrega uma obra acabada, não há o que mexer. Para o futuro, não penso em grandes mu- danças. As idéias serão abordadas, talvez, de forma umpouco diversa do que vêm sendo, as ênfases serão um pouco diferentes, mas defini quatro prioridades: inovação, geração de conhecimento, internacionalização JR – O Gracioso, modestamente, só lembrou a Revista agora; mas, além do CAEPM, temos o Instituto Cultural, o Mestrado Stricto Sensu, os Núcleos da Pós-graduação – que são outras áreas de produção de conhecimento. Piratininga, como você vê esse mix? PIRATININGA – Acho muito bom, porque cada um desses Centros tem

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