Revista da ESPM MAR-ABR_2007

Joyce Ajuz Coelho 23 MARÇO / ABRIL DE 2007 – R E V I S T A D A E S P M As linhas de pesquisa da Psicologia Econômica situam-se na interface de Economia e Psicologia. Em princí- pio, todos os comportamentos rela- cionados a recursos escassos, como dinheiro, tempo e esforço, são partes da Psicologia Econômica. As metas e objetivos atuais dos psicólogos econômicos são estabe- lecer um campo separado da Psico- logia Econômica. Uma outra opção é considerar a Psicologia Econômica como um campo da Psicologia So- cial Aplicada e Cognitiva, que foi a escolhida por este artigo. A análise da influência da publi- cidade no comportamento do indi- víduo em relação ao consumo será desenvolvida a partir da Psicologia Social, nas concepções do Be- haviorismo, do Cognitivismo e da Psicanálise. comporta de maneiras previsíveis e regulares em resposta às forças externas, aos estímulos que o afe- tam. Eles rejeitavam os mecanismos mentais e acreditavam que o con- dicionamento operante (Skinner), envolvendo o fortalecimento ou enfraquecimento do comporta- mento mediante a presença ou ausência de reforço ou punição, podia explicar todas as formas de comportamento humano. Dentro dessa perspectiva teórica, o homem é totalmente influen- ciado pela mídia e pela cultura do consumo. O menosprezo pelo pensamento e a ênfase no com- portamento observável aproximam essa concepção da visão da Escola de Frankfurt, na qual a indústria cultural manipula o indivíduo, molda seus desejos e cria a ilusão da satisfação imediata. Nesse caso, o homem é realmente o que consome. O reforço da publi- cidade, das ofertas imperdíveis e Para o Behaviorismo, em sua versão mais radical, o ser humano se comporta de maneiras previsíveis e regulares em resposta às forças externas e aos estímulos. IVAN PAVLOV JOHN WATSON FREDERIC SKINNER Para o Behaviorismo, em sua versão mais radical, representado princi- palmente por Pavlov (1849-1936), Watson (1878-1958) e Skinner (1904-1990), o ser humano se O ser humano sustenta cada vez mais a posse e exibição de bens materiais. Crescem as preocupações com a pato- logia do comprar compulsivo. Joyce Ajuz Coelho Fotos: divulgação

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