Revista da ESPM MAR-ABR_2007

Joyce Ajuz Coelho 27 MARÇO / ABRIL DE 2007 – R E V I S T A D A E S P M a partir da construção de sistemas de conhecimento que lhe permitirão analisar criticamente, escolher e de- cidir. A construção da identidade pas- sa por um processo de experiências e de aprendizagemno qual os produtos da mídia servem para enriquecer, desde que o indivíduo não perca o controle e se torne dependente. Embora, na visão do liberalismo, o consumidor seja soberano, o que implica liberdade de escolha num mercado competitivo, balizado pelo mecanismo do preço e pelas preferên- cias, não se pode ignorar a neces- sidade dos indivíduos de inserção CANCLINI , N. G. Consumidores e cidadãos: Conflitos multiculturais da globalização. (4a ed.).UFRJ, RJ, 1999. ____________ CANCLINI , N. G. El Consumo Cultural y su estudio en México: una proposta teórica. In: CANCLINI, N. G. (org). El Consumo Cultural em México, p. 15-42, México: Consejo Nacional para la Cultura y lãs Artes, 1993. DANTAS , M.A. E TOBLER , V. l. O sofrimento psi- cológico é a pedra angular sobre a qual repousa a cultura de consumo. Artigo apresentado no Congresso da ABRAPSO, Brasil.2003. DOUGLAS , M. & ISHERWOOD , B. O Mundo dos Bens: Para uma Antropologia do Consumo. Editora UFRJ, RJ, 2004. ENGEL , J e outros. Comportamento do Consumi- dor. Livros Técnicos e Científicos, 2000. FREUD , S. O Mal-estar na Civilização. ESB, RJ, Imago Editora, Vol. XXII, 1992. GADE , C. Psicologia do Consumidor e da Propa- ganda. EPU. SP, 1998. HANLEY , A., & WILHELM , M. S. Compulsive buying: An exploration into self-esteem and money attitudes. Journal of Economic Psycho- logy, 13(1), 5-18. 1992. HAUG , W.F. Crítica da Estética da Mercadoria.SP, Editora Unesp, 1997. JOBIM E SOUZA , S. Ladrões de Sonhos e Sa- bonetes. In: Jobim e Souza, S. (Org.). Subjetivi- dade em Questão: A Infância Como Crítica da Cultura. RJ, 7 Letras, 2000. KATONA , G. Psychological economics. New York: Elsevier, 1975. LEWIS , A., WEBLEY , P., & FURNHAM , A. The new economic mind. Hemel Hempstead: Harvester Wheatsheaf, 1995. LIVINGSTONE , S., & LUNT , P. Savers and borrow- ers: Strategies of personal financial manage- ment. Human Relations, 46(8), 963-985, 1993. NORBERTO SILVA , E. Consumo, Mimesis e Sentido. In: Valverde, M. (Org.). As Formas do BIBLIOGRAFIA Sentido. RJ, DP&A Editora, 2003. SLATER , D. Cultura do Consumo & Modernidade. Nobel, SP, 2001. STERNBERG , R. Psicologia Cognitiva. Artmed, Porto Alegre, 2000. THOMPSON , J.B. A Mídia e a Modernidade. Editora Vozes, RJ, 2005. VAN RAAIJ , W.F. in Peter Earl and Simon Kemp (Eds.). The Elgar Companion to Consumer Re- search and Economic Psychology. Edward Elgar, 1999. (trad. Vera Rita de Mello Ferreira). ________________Economic Psychology be- tween Psychology and Economics: An Introduc- tion. Apllied Psychology: An International Review Special Issue, 48(3), 263-272. 1999. VEIGA NETO , A. R. Atitudes de consumidores frente a novas tecnologias (Tecnofobia). Dis- sertação de Mestrado. PUCCAMP, Campinas, dezembro/1998. de outros fatores como motivação e personalidade, como diferenciais decisivos da influência da publici- dade, mas esse é um tema para um outro artigo. JOYCE AJUZ COELHO Doutoranda no curso de Comuni- cação e Cultura na UFRJ, Mestre em Psicologia Social pela USP, Psicóloga e Pedagoga. É Consultora emRh e leciona nos cursos de gradua- ção e pós-graduação da ESPM-RJ. Atualmente é diretora do Curso de Administração da ESPM-RJ. ES PM 1. Neste artigo, mídia significa qualquer meio de comunicação e publicidade, anúncios de produtos e/ou serviços com fins comerciais. NOTAS social, nummundo de desigualdades, cujos padrões estão ditados pela cul- tura do consumo, na qual a publici- dade coloca no ar a última “moda”. Este artigo não pretendeu responder à pergunta inicial: Consumo – esfera de manipulação ou de liberdade?, mas fornecer subsídios ao leitor para reflexões a respeito do tema, princi- palmente através do olhar das con- cepções psicológicas da influência da publicidade veiculada nos meios de comunicação, no comportamento do consumidor e na construção da sua identidade. Na realidade, o caminho não é uma escolha e sim a análise Joyce Ajuz Coelho

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