Revista da ESPM MAR-ABR_2007

49 MARÇO / ABRIL DE 2007 – R E V I S T A D A E S P M Fabio Mariano sas pré-noções e produzimos alguns mitos que passam a orientar o mer- cado. Isso acontece com diferentes subculturas: v HOMOSSEXUAIS são sempre tratados como um mer- cado com alto potencial de compra, sem uma base crítica que sustente essa crença. Assim, acreditamos no “pink money”, sem compreender os valores e condições que pos- sibilitam a materialização de uma “identidade homossexual”; v CLASSE ALTA também acreditamos que são os consumidores mais exigentes, afinal são ricos. Preço não é restritivo, logo não é fundamental. Têm um estilo de vida que abrange vida cultural e social sempre agitada, viagens ao exterior, imóveis de alto padrão; v PENTECOSTAIS orientados pela religião, têm um es- tilo de vida voltado para a espiritua- lidade e negação do profano. A situação é mais crítica quando en- contramos a descrição do “formador de opinião”. Nummercado sedento por estudos que apontem tendências e comportamentos futuros, cresce o número de publicações, artigos, estudos e empresas que prometem antecipar as tendências através do “formador de opinião: são jovens, 18 a 24 anos, classe alta, sintoni- zados com tudo o que há de mais novo e moderno, acompanham as novidades do cinema, teatro, TV, internet, informática, freqüentam locais da moda. Uma análise crítica e mais cuida- dosa dessas descrições e correntes do mercado nos mostra que, muitas vezes, o modo que são descritas cor- responde muito mais à projeção ou aspiração de quem as descreveu, do que à realidade que vemos nas ruas, nas lojas, nos supermercados. Não é preciso ir longe para conhecermos o consumidor. Em geral, ele está do nosso lado. Mas raramente temos tempo ou disponibilidade para compreender o contexto do nosso consumidor. UMA NOVA SUBCULTURA: O CONSUMIDOR DE BAIXA RENDA Muito tem se falado aqui no Brasil sobre o “mercado de baixa renda” Dados sociodemográficos como faixa etária, classe socioeconômica ou sexo não dão mais conta de segmentar nosso público-alvo, muito menos dão condições para entendermos o consumidor.

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