Revista da ESPM MAR-ABR_2007
Georges Chetochine 55 MARÇO / ABRIL DE 2007 – R E V I S T A D A E S P M GRACIOSO – O trabalho da Che- tochine como empresa – e os seus livros – tratam de fenômenos que ocorrem também no Brasil. O Brasil é um curioso país emergente, onde convivem dois mundos distintos: o topo da pirâmide, a classe A/B é análogo aos mercados mais ricos onde as teorias avançadas do mar- keting – segmentação, nicho etc. – valem perfeitamente; mas é muito significante a base da pirâmide, onde o problema não é de segmentação, mas de educação de uma classe média que começa a emergir. Neste pano- rama já complexo, lidamos ainda com problemas que nos vêm do hemisfério norte – enfraquecimento de brand loyalty , agigantamento do varejo, por exemplo, que estão criando situações inteiramente no- vas. Paralelamente a isso, a propa- ganda perde força, tornando-se menos importante como fator de comunicação, persuasão, criação de novos hábitos de vida, em favor das novas arenas de comunicação, entre elas, naturalmente, o varejo. Hoje, o varejo, alémde ponto-de-venda, é um centro de difusão de marca. Como você se posiciona em relação a esse fenômeno? CHETOCHINE – Você aponta para duas visões do Brasil: uma rica e outra pobre. O Brasil tem 170 milhões de habitantes. Falando da Europa, temos França, Inglaterra, Alemanha, mas também temos Albânia, Tchecolos- váquia, Bulgária, Grécia... Mesmo na França, há pessoas na rua, vindas desses países, mendigando. Vejo a Europa no caminho do que o Brasil é hoje – numa simples visão política ou geográfica. Do ponto de vista de mar- SERÁ A GERAÇÃO DO MARKETING RESPONSÁVEL CH E T O CHINE “O MARKETING DE KOTLER NÃO FUNCIONA MAIS.” Foto: divulgação
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