Revista da ESPM MAR-ABR_2007
66 R E V I S T A D A E S P M – MARÇO / ABRIL DE 2007 A mudança em direção a estilos menos protocolares é identificada nas roupas e principalmente na ex- pressão corporal das modelos. Três anúncios que mostram, a título de exemplo apenas, a metamorfose a partir da década de 60: umanúncio de Rhodianyl (maio1969), umanúnciode USTOP (novembro 1980) e um anún- cio de Dove (agosto 2005). É preciso entender a força de cada uma das três linguagens em cada cenário histórico. Pode parecer tão estranho a uma con- sumidora hoje ver o anúncio de 1969, como teria sido a uma consumidora naquele ano ver o atual anúncio de Dove. Ou seja, não estamos diante de um tribunal do bom gosto! Mas da compreensão dos mecanismos que têm feito nossa propaganda entender os novos caminhos da mulher. Há mais sinais que apontam na mesmadireção: ocrescimentoda infor- malidadeedescontraçãonos anúncios. Ummuitoexpressivoéocomprimento dos cabelos.Trata-sede algomuito fácil de “medir”nosmais de2.500anúncios com os quais convivemos por 30 dias. A inversão foi total: 64% das modelos exibiamcabelos curtosnos anúnciosda década de 60. Nos anos 2000, isto se reduziu a 30%e são os cabelos longos que predominam atualmente (70%). Certamente, todos sabem o quanto a linguagem estética e corporal as- sociada a cabelos longos é mais livre, menos protocolar, independente de questões demoda. Emais, não se trata apenas damaior presença dos cabelos longos, mas dos cabelos “planejada- mente naturais” que aparecem cada vez mais na propaganda. TRÊS ANÚNCIOS MOSTRAM, EXEM- PLOS, A METAMORFOSE A PARTIR DA DÉCADA DE 60: UM ANÚNCIO DE RHODIANYL (MAIO 1969), UM ANÚNCIO DE US TOP (NOVEMBRO 1980) E UM ANÚNCIO DE DOVE (AGOSTO 2005). Marcas de mulher
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