Revista da ESPM MAR-ABR_2007

Cecília Russo e Jaime Troiano 69 MARÇO / ABRIL DE 2007 – R E V I S T A D A E S P M casos de peças onde mulheres com olhar contemplativo aparecem ao lado de frases como: para gostar dos outros é preciso gostar de si mesma em primeiro lugar ou há momentos em que você só quer agradar a você mesma etc. Este talvez seja mais um dos casos em que a propaganda demonstrou uma sintonia fina com os novos padrões comportamentais das consumidoras. Começamos este artigo falando da sincronia da propaganda com as mu- danças femininas. Emalguns casos foi mais perfeita e emoutros o atraso para conectar-se com elas foi maior. Mas acreditamos que seja sempre assim o processo de comunicação. Leila Diniz foi de biquíni grávida à praia, na década de 60, e deu uma explosiva entrevista ao Pasquim. Na mesma época, o establishment da propaganda tinha um compromisso muito maior com todas as milhões de outras Leilas, Lucianas,Marias,Robertas,Renatas etc. que não eram movidas pelas mesmas motivações que a Leila Diniz. Não é lícito se esperar um alinhamento automático da propaganda com as manifestações de vanguarda e com isso contrariar expectativas e sonhos de outra natureza, que as consumido- ras acalentam. Qual é o tempo correto para a propaganda se conectar comas novas formas do consumidor de ver o mundo e de se comportar? Talvez o tempo menor possível para não perder contato com ele. De qualquer maneira, está aí uma pergunta a que este trabalho não ousou responder. O TÍTULO DO ANÚNCIO DE O.B. DA JOHNSON&JOHNSON DIZ: “PARA CONQUISTAR SUA SEGU- RANÇAVOCÊ NÃO PRECISA LUTAR POR ELA ”. 64 62 53 48 47 36 36 47 52 53 em % INNER OUTER GRÁFICO 5 60 S 70 S 80 S 90 S 00 S

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