Revista da ESPM_MAR-ABR_2012
ORLANDO ASSUNÇÃO FERNANDES Economista, mestre em Economia Política e doutor em Teoria Econômica pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (IE/UNICAMP). Professor do curso de Relações Internacionais e do curso de Ad- ministração da ESPM. É professor sênior de Economia Empresarial do Master Executivo em Marketing da ESPM. CARNEIRO , Ricardo M. (1999). A Globalização Finan- ceira: origem, dinâmica e perspectivas . Texto para discussão: IE/Unicamp, n o 90, out/1999. CHESNAIS , François. (1996). A Mundialização do Capital . São Paulo: Xamã. FERNANDES , Orlando A. (2008). Efeitos colaterais de uma crise anunciada . Brasília: Conselho Federal de Economia, 24/09/2008, disponível em http\\:www. cofecon.org.br . FERNANDES , Orlando A. (2009). Dívida mobiliária e financeirização da riqueza . Campinas: Tese de Doutorado defendida junto ao Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas. GUTTMANN , R. (1996). A transformação do capital fi- nanceiro . Economia e Sociedade, n o 7, dezembro/96. KREGEL , Jan (1996). Riscos e implicações da glo- balização financeira para a autonomia de políticas nacionai s. Economia e Sociedade, n o 7, dez/96, p. 51-83. MCKINSEY GLOBAL INSTITUTE (2005). $118 trillion and counting: taking stock world’s capital market . San Francisco: Mckinsey & Company. PLIHON , Dominique. (1996). Desequilíbrios mundiais e instabilidade financeira . Economia e Sociedade, n o 7, dezembro / 1996. BIBLIOGRAFIA NOTAS 1. Segundo Carneiro (1999), no primeiro caso, o liberalis- mo comercial requer um grande ativismo e uma adesão negociada por parte dos Estados, no segundo caso, é justamente a ausência de ações concretas por parte do Estado que conduzem ao liberalismo financeiro. 2. Os 30 anos gloriosos, também conhecidos como os 30 anos dourados do capitalismo, correspondem a um período de forte crescimento econômico mundial com relativa estabilidade de preços. 3. O chamado Plano Marshall direcionou o equivalente a US$ 11 bilhões de dólares em ajuda, especialmente, para Alemanha, Inglaterra, França, além do próprio Japão. obternaesferafinanceira,atravésdaespeculaçãoeda arbitragemdesenfreadas,lucrosexorbitantes–,foram corresponsáveis pela crisemundial. O certo é que, ao socorrer tais instituições, e ao criar estímulos para tirar as suas economias da recessão, tais governos exacerbaram seus gastos alémde limites aceitáveis. Agora, tal indisciplina fiscal e o receio de insolvência de vários países ameaçam levar o mundo a uma segunda etapa damesma crise, decorrente justamenteda solução encontradapara enfrentá-la emumprimeiromo- mento, como feitiço sevoltandocontrao feiticeiro. Talvez, diantedadimensãoda crise, o socorrodos governos tenha se constituído mesmo na última saída para a crise. Porém, cabe aqui indagar: A situaçãoprecisaria ter chegado a esse ponto?Não se faz necessáriopensar talvez numanova ordem mundial que caminhe na direção de uma maior regulamentação dos mercados financeiros? Oquenãosepodeéignorarasorigensdessacrise,bem comonada fazer atéqueoutrasocorram. Esperarque bancos centrais e organismosmultilaterais de crédito possam, atuando de forma isolada ou mesmo em conjunto, fazer frente a essamassa errante de capital financeiro espalhada pelo globo é, para falar omíni- mo, sinal de ingenuidade, dadas as dimensões que essecapital tomouao longodessesanosequepoderá continuar tomando diante da desregulamentação fi- nanceira.Repensaroslimitesdoliberalismofinanceiro nomundo contemporâneo e rediscutir umprocesso deregulamentaçãoecoordenaçãointernacionaldesses mercadosnospareceassaznecessário. m a r ç o / a b r i l d e 2 0 1 2 – R e v i s t a d a E S P M 25 ES PM
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