Revista da ESPM_MAR-ABR_2012

R e v i s t a d a E S P M – m a r ç o / a b r i l d e 2 0 1 2 30 pois podiam aliar à sua conhecida mão de obra barata uma carga tributária baixa, taxas de câmbio favoráveis às exportações e taxas de juros reduzidas, ou seja, os menores custos de produção do mundo. Dessa maneira, empresas de todo o planeta que tinham interesses no mercado internacio- nal se viram atraídas pelas excelentes pers- pectivas de produzirem no território chinês e dali exportarem para onde quisessem. Uma operação lucrativa, uma vez que os preços dos produtos chineses são reconhecidamente im- batíveis. Os investimentos e os lucros dessas empresas alavancaram o crescimento econô- mico da China, numa ordem de grandeza até então nunca vista. Com sua produção e sua renda agregada se expandindo em progressão geométrica, a economia chinesa tornou-se um grande consumidor de matérias-primas e alimentos. Isso trouxe benefícios à economia brasileira, que assistiu a uma vigorosa expansão de seu comércio internacional, sobretudo porque os preços internacionais de vários produtos pri- mários exportados pelo país têm se mantido em alta, na média, o que também se configura em mudança numa situação estabelecida há mais de um século. Aliando-se a esse fato algumas políticas go- vernamentais de melhoria na distribuição de renda, o Brasil assiste a um crescimento de seu consumo interno e galga posições na eco- nomia mundial. Entretanto, como a produção industrial brasileira convive com certo grau de ineficiência, mais acentuada em alguns setores, constata-se a incapacidade, sobretudo desses setores, em competir com a produção internacional que entra no país beneficiada por taxas de câmbio baixas. Investimentos chineses no Brasil em 2010 – divisão total por setores ENERGIA (PETRÓLEOEGÁS) ENERGIA (ELÉTRICA) EDUCAÇÃO AGRONEGÓCIO MINERAÇÃO SIDERURGIA 45% 20% 20% 10% 3% 2% US$ 12,69 bilhões Koya979 FONTE: Conselho empresarial

RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx