Revista da ESPM
CARREIRAS REVISTA DA ESPM | OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRODE 2020 22 A Covid-19 virou o mundo de ponta-cabeça e acelerou o futuro. Tendências como o home officetornaram-seumarealidadedodiaparaa noite,enuncaantesosserviçosdigitaisforam tão importantes para amanutenção da economia global. Porémmuitos continuamaflitos, procurando por um “novo normal” ao qual se agarrar. Lamento começar este artigo deixando claro que não existe umnovo normal. O normal de hoje pode ser diferente amanhã. A pandemia ainda não acabou, e aprender como gerir nossas vidas e carreiras em torno da instabilidade é a nova ordem. Isso não precisa significar algo ruim. Apenas estamos sendo convidados a expandir nossa criatividade. Afinal, a estabilidade era apenas uma ilusãona qual insistíamos emacreditar. Chegou a hora de encarar a realidade e criar um futuromuitomais consciente e interessante. Então, mantenha sua mente aberta para absorver os aprendi- zados que irão nos levar à próxima fase, o.k.? Vamos lá! Aquarentena provou às empresas que, sim, é possível gerir à distância equipes de profissionais não essenciais. Damesma forma, os profissionais que acreditavamque o home office era um paraíso agora desejam construir rotinas intercaladas entre o trabalho presencial e o tra- balho remoto. Umdosmaiores impactos da pandemia é exatamente este: a percepção de que precisamos de uma vida mais equilibrada. Confira outras tendências que chegarampara ficar no mercado pós-pandemia: • 1. Rotinasmais flexíveiseo fimdo”horário comercial”: as empresas têmbuscado avaliar os colaboradoresmais por suas entregas do que pelo número de horas trabalhadas. • 2. Demanda por qualificação: os gestores estão cons- truindo equipes de acordo com especialidades e habili- dades, em vez de focar apenas na formação acadêmica. • 3. Engajamento virtual e bomatendimento ao cliente: construir uma boa reputação e uma forte presença digital tornou-se questão de sobrevivência às empresas. Sendo assim, as organizações têm buscado soluções inovadoras para gerar conexão com os clientes. • 4. Mudanças nos processos seletivos: recrutamentos 100% digitais já são uma realidade. Além disso, a tecno- logia está cada vez mais presente nos processos, por meio dos Assesments — ferramentas de mapeamento compor- tamental e cognitivo. • 5. Cuidados com o bem-estar integral dos cola- boradores: diante do crescimento de profissionais com desafios emocionais, a saúde mental será um cuidado cada vez mais presente nas organizações. • 6. Transformação digital: a pandemia acelerou a inser- ção de processos digitais nas empresas, automatizando funções e abrindo espaço para novas formas de trabalho. • 7. Diversidade e inclusão: questões sobre equidade de gênero, equidade racial e equidade etária têm recebido cada vez mais destaque. Logo, o futuro é de quem souber abraçar as diferenças! Mas quais competências os profissionais precisamter para ingressar no mercado pós-pandemia? Muitos profissionais desejam entender como podem se tornar peças-chave para suas organizações. Na ques- tão das hard skills (competências técnicas), é fundamen- tal que os profissionais se mantenham atualizados e, principalmente, invistam em especializações que pro- movam a integração da sua profissão com a tecnologia e o meio digital. No entanto, de nada vale umbomcurrículo, repleto de qualificações, semter como base as soft skills (competên- cias socioemocionais). Afinal, em um mundo cada vez mais tecnológico, serão as habilidades genuinamente humanas que irão garantir destaque aos profissionais. Veja quais são as soft skills mais buscadas pelomercado, de acordo com o FórumEconômicoMundial: • 1. Resolução de problemas complexos: com a internet as respostas que procuramos, normalmente, estão a um clique de distância e tudo é entregue de forma pronta. Sendo assim, estamos nos afastando da capacidade de refletir. Como resultado, o mercado está sofrendo com a escassez de talentos que possuam pensamento analítico para resolver desafios complexos. • 2. Pensamento crítico: nessa habilidade, o diferen- cial é saber questionar com eficiência. Afinal, para encontrar respostas, primeiro, devem ser feitas as per- guntas certas.
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