Revista da ESPM
OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRODE 2020| REVISTADAESPM 31 desde a concepção, que passou a ser em função de um perfil de egresso definido — o Transformador —, até o papel da professora e do professor, que passam a ser mentores emediadores emumprocesso de criação do conhecimento por parte dos estudantes. Ao longo desse tempo o PDA também passou por necessárias atualizações e complementações. Uma delas foi a incorporação explícita da necessidade de os estudantes desenvolveremcompetências gerais, não estando limitadas a uma escolha de carreira especí- fica. Anecessidade de desenvolver competências que sejamnecessárias ao longo de toda a vida profissional (ou até mesmo pessoal) dos estudantes foi a semente para o ESPMLifeLab. O laboratório da vida OESPMLifeLabéa respostada instituiçãoaumdesafio que se apresenta a todas as IESs, mundialmente. Esse desafiopode ser enunciadona forma de uma pergunta: o que devemos trabalhar com os estudantes que seja significativo ao longo de toda a sua trajetória, não somente nos primeiros anos, e que contribua com as conquistas, o bem-estar e o equilíbrio do indivíduo e da sociedade? A nossa resposta a essa pergunta, a este desafio, é umciclo básico de desenvolvimento de competências que deve, obrigatoriamente, fugir da formatação que, historicamente, foi dada a ciclos básicos do ensino superior noBrasil. Tradicionalmente, os ciclos básicos se caracterizampor umconjunto de disciplinas espe- cializadas por departamento, como Filosofia 1, Psico- logia 1, Matemática eCálculo 1 etc. Onível de aprovei- tamento e retenção acaba sendo baixo e, pelo caráter extremamente departamentalizado da disciplina, o enfoque que se dá ao programa é forçosamente limi- tado. Fica claro, portanto, que o ciclo básico tradicio- nal não responde ao desafio que foi colocado. Outromotivo pelo qual umciclo básico tradicional não se qualificaria como amelhor solução para o desa- fio proposto é que, nos últimos anos, acompanhando os movimentos da sociedade e o desenvolvimento conceitual pelo qual passou o PDA (que foi reformu- lado em 2019), a ESPM optou por colocar quatro com- petências no centro da sua proposta acadêmica, às quais demos o nome de C4. São elas: (1) Autonomia, (2) Criatividade, (3) Fluência Tecnológica e (4) Ética e Responsabilidade. Este conjunto de competências, emnossa avaliação, representa uma saudável síntese entre o DNA da ESPMe as necessidades da sociedade contemporânea, alémde estar alinhado comas neces- sidades do mercado de trabalho, especialmente com o advento da Inteligência Artificial. Emconsonânciacomaconsolidaçãodasquatrocom- petências fundamentais do projeto de aprendizagem da ESPM, o LifeLab foi estruturado em três pilares de experimentação, que atendema essas competências: eixoMetacognitivo, eixo de PensamentoQuantitativo e eixo Comportamental e Relacional (ver Figura 1). FIGURA 1: PILARES DO ESPM LIFELAB Fonte: SiteESPM
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