Revista da ESPM
OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRODE 2020| REVISTADAESPM 57 ta da reforma tributária para melhorar o ambiente de negócios e a geração de empregos. Infelizmente, a pandemia re- tardou o andamento desta pauta. Você vê alguma possibilidade de retomar esta agenda em 2021? Mara — Nós contávamos que a refor- ma tributária fosse engatada na re- forma da previdência, uma vez que ela era complementar e de extrema importância para o desenvolvimen- to do país. Mas o que aconteceu é que todos os planos acabaram pre- judicados por conta da paralização das comissões, que é onde os pro- jetos são discutidos. Agora, espero que este assunto possa ser retomado em 2021. Revista da ESPM — De que forma a pandemia impactou e retardou a ado- ção de medidas em prol do desenvolvi- mento do país? Mara — Em 2020, a prioridade foi combater a pandemia e salvar vi- das. Por conta disso, todas as ações previstas para o ano ficaram em segundo plano tanto na Câmara quanto no Senado. Nunca foi tão tangível para mim a ameaça de um colapso. Enfrentamos a pandemia junto com uma crise política com repercussão internacional, que ge- rou um cenário de imprevisibilida- de para toda a nação brasileira. Isso não foi nada bom para o país. Revista da ESPM — Como você define o ano de 2020? E quais suas expectati- vas para o ano novo? Mara — Foi um ano em que o medo da morte ficou batendo em nossas portas. Tivemos de driblar o vírus, a fome, o desemprego e ainda flertar com a desesperança. Eu fiquei muito desanimada. Tive Covid-19 em maio, perdi a voz e tive de fazer fisioterapia por conta das contraturas muscula- res. Isso mexeu comigo emocional- mente. Não estava feliz com meus pensamentos e resolvi gerar outro tipo de energia. Agora, estou na onda de pensar positivo, pensar o Brasil com água, rios limpos, restingas, reflorestando… Ainda teremos anos duros pela frente, como reflexo da crise na saúde e na economia. Serão tempos difíceis, mas de esperança, pois já temos vacinas sendo testadas no Brasil e no mundo. Agora temos de investir em um trabalho de recu- peração econômica e social do país. Eu espero mais empatia por parte do governo federal para criar uma sinergia maior entre o poder público e o empresariado e assim promover a retomada da economia e a geração de empregos. Ou seja, 2021 será um ano de paciência, resiliência e fé. E isso o povo brasileiro temde sobra! Nunca foi tão tangível paramima ameaça de umcolapso. Enfrentamos a pandemia junto comuma crise política com repercussão internacional, que gerouumcenário de imprevisibilidade para toda anação brasileira SHUTTERSTOCK.COM
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