Revista da ESPM

REVISTA DA ESPM | OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRODE 2020 68 RAFAEL MESCH I AT T I Empreendedor criativo Depois que saiu da ESPM, Rafael Meschiatti testou diversas formas de atendimento, planejamento e criação até desenvolver uma fórmula própria, que utiliza com os clientes de sua consultoria, a Daik Strategy Design Motivação “Eu sei que é prática comum, e talvez até bem justa, que se preste vários ves- tibulares, até para cursos diferentes. Afinal a ideia de definir o que se pre- tende fazer da vidaprofissional, aos 18 anos, pode parecer um tiro no escuro, como qualquer decisão que se toma sem todas as informações e nossa!... O quanto não sabemos aos 18 anos! Apesar disso, no meu caso não houve muito espaço para dúvida, eu prestei um único vestibular, para o curso de comunicação social da ESPM. Estava tãocertoda escolhadomeucurso, que para mim não havia outra opção se- nãoamelhor faculdadedepublicidade do país. Como tudo, a ESPM repre- senta muitas coisas para muita gente. Para mim, ela foi um espaço do flores- cer dasminhas potencialidades.” Transformação “A ESPMnão foi só algo queme acon- teceu em um determinado período, durante um certo tempo da minha vida. Por um tempo considerável, foi a minha vida. Lá conheci alguns dos meus melhores amigos, pes- soas com as quais pude contar em momentos definitivos e com quem compartilho minha vida até hoje. Vivi um amor que marcou a minha história. Me tornei amigo, colega e fiz negócios com professores. Tudo isso num lugar onde aprendi muito mais do que as técnicas de umofício, mas que também me apresentou a realidades muito diferentes da minha e me ofereceu as bases para refletir criticamente sobre elas e também sobre a própria profissão que havia escolhido para mim.” Realidade “Me formei em 2007. Durante os quatro anos de ESPM, a vida deu muitas reviravoltas. Na Escola fiz parte da Agência ESPM. Eu fazia criação e foi justamente na agência que me dei conta de que, apesar do prazer que tinha em criar, eu estaria por muito mais tempo atrás de um computador do que me re- lacionando com as pessoas, e não curti a ideia. Ainda na faculdade, comecei a formar a lgumas das críticas que eu teria em relação ao mercado publicitário, fosse por conta da entrada de jovens talentos, pouco remunerados pela suposta contrapartida do nome da agên- cia, ou pela divisão que eu tinha dificuldade em me encaixar entre ‘atendimento’ e ‘planejamento’. Me parecia absolutamente razoável conceber a solução para o cliente e garantir a manutenção do seu rela- cionamento. Depois de me formar, fui para Londres trabalhar na pro- dução de grandes eventos sociais, em importantes hotéis da cidade. A vivência no CA contribuiu para isso e retornando ao Brasil essa experiência me aproximou do Live Marketing. Ascendi rapidamente em uma pequena agência, a V20. Nesse período, tive a oportunidade de dar aulas na ESPM a convite do então professor Pedro Calabrez. Meu próximo passo foi numa con- sultoria de marketing B2B, na posi- ção de ‘agente de valor’. Na Symbia, tudo era diferente. Trabalhei com grandes clientes: Votorantim, Car- gill, Nestlé, Vale, Honeywell e uma lista de grandes outros projetos em que vivi justamente o papel daquele que criava a estratégia, juntamente com o diretor, mas também cuidava do relacionamento das contas que marcaram as bases da minha for- mação como profissional. Tudo isso coroado por profundas discussões a respeito de filosofia empresarial e um conceito no qual encontrei fun- damentação para tudo que empiri- camente me parecia correto: ‘Em- presas Válidas’, especialmente após minha aproximação da Escola de Marketing Industrial e do José Car- los Teixeira Moreira. Depois dessa experiência tive a oportunidade de liderar os projetos de uma pro- dutora de vídeo, a BardeO2, o que me permitiu pôr em prática muitos dos fundamentos que a minha for- mação havia me garantido. A partir daí as coisas ganharam velocidade, empreendi em uma consultoria chamada Hércules e voltei a aten- der clientes como Votorantim e Honeywell. Fui convidado a compor o time de estratégia da Sapient AG2, do grupo Publicis, que buscava um profissional com vivência mais consultiva. Foi uma experiência muito rica como parte de um gran- de grupo de comunicação, que me levou a fazer parte da Try, do grupo WPP, como experience & business solutions manager, onde mergulhei profundamente no universo do de- x x

RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTY1