Revista da ESPM
PANORAMA REVISTA DA ESPM | JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/ABRIL DE 2021 24 tais questões por eles. A doutrina de Friedman — cuja teoria foi apresentada emumensaio de 1970 para o The New York Times — é ainda a mais influente no mundo corporativo, mas também atrai críticas. Enquanto Friedman era vivo, surgiu e cresceu a Res- ponsabilidade Social Corporativa (RSC), que, como o próprio nome diz, é uma decisão da empresa. É influen- ciada por acionistas emmuitos casos, mas na maioria é ummovimento dos times e dos CEOs. O termo Responsabilidade Social Corporativa ou Responsabilidade Social Corporativa Empreendedora (muitas vezes referida como Responsabilidade Social Empresarial) descreve a contribuição voluntária das empresas para o desenvolvimento sustentável que vai além dos requisitos legais. RSC significa atividade empreendedora responsável na atividade empresarial real (mercado), sobre aspectos ecologicamente relevan- tes (meio ambiente) até as relações com os emprega- dos (local de trabalho) e o intercâmbio com as partes interessadas relevantes. Estudararesponsabilidadesocialcorporativa,noséculo 21, obriga a recuar um século e começar por abordar as primeiras preocupações sociais das empresas. AEuropa assumiuespecialrelevânciatantonaimplementaçãodeste tipodepolíticacomona reflexãoacadêmica sobreo tema. E o tema nemsempre foi consensual. Se, por um lado, a grandemaioria dos autores identifica as vantagens de as empresas (e outras organizações) implementarem as suas políticas de RSC, as empresas geralmente não apreciam alocar seus recursos a outros fins que não a busca pela maximização dos lucros. A sociedade tem se organizado tendo com vistas à adoção por parte das empresas de um conjunto cada vez maior de iniciativas que revelem preocupações sociais. Surgiram as normas e certificações, interna- cionais e nacionais, e sucede-se a criação de entida- des supraempresariais que pretendem ser parceiras na implementação de políticas de RSC e veículo na transmissão de boas práticas. Em prol de um mundo melhor! Nasce o Environmental, Social and Governance (ESG). Investimentos ambientais, sociais e de governança (ESG) são uma estratégia para pôr seu dinheiro para trabalhar com empresas que se esforçam para tornar o mundo um lugar melhor. Este tipo de investimento depende de classificações independentes que ajudama avaliar o comportamento e as políticas de uma empresa quando se trata de desempenho ambiental, impacto social e questões de governança. “Basicamente, o inves- timento ESG consiste em influenciar mudanças positi- vas na sociedade sendo um investidor melhor”, afirma Hank Smith, chefe de estratégia de investimento da The Haverford Trust Company. E como funciona o investimento ESG? Investir em ESG é investir em empresas com alta pontuação nas escalas de responsabilidade ambiental e social, con- forme determinado por terceiros, empresas indepen- dentes e grupos de pesquisa. “A premissa subjacente é a de que existem certos fatores ambientais, sociais e de governança corporativa que realmente impactam os negócios”, diz Smith. “A consideração desses fato- res dá aos investidores uma visão mais holística das empresas, o que pode ajudar a mitigar riscos e identi- ficar oportunidades.” Aqui estáumaanálisemaisdetalhadados trêscritérios usados para avaliar empresas para investimentos ESG: • Meio ambiente – Que tipo de impacto uma empresa temnomeio ambiente? Isso pode incluir a pegada de carbono de uma empresa, produtos químicos tóxicos Amudançaclimática jáestá levandoasecaea fomepara diversas regiões. Guerrasserão inevitáveis, assimcomoa migraçãoemmassa. E isto jáestáacontecendo! shutterstock . com
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTY1