Revista da ESPM
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/ABRIL DE 2021 | REVISTADAESPM 25 shutterstock . com envolvidos em seus processos de fabricação e esfor- ços de sustentabilidade que compõem sua cadeia de abastecimento. • Social – Comoaempresamelhora seu impactosocial, tanto dentro dela quanto na comunidade em geral? Os fatores sociais incluem tudo: igualdade LGBTQ +; diversidade racial tanto na diretoria quanto na equipe em geral; e programas de inclusão e práticas de contratação. Ele até examina como uma empresa defende o bemsocial nomundomais amplo, alémde sua esfera limitada de negócios. • Governança – Como o conselho e a gestão da empresa gerammudanças positivas? A governança inclui tudo, desde questões relativas à remuneração dos executivos até a diversidade na liderança, bem como a forma como essa liderança responde e inte- rage com os acionistas. Para muitas pessoas, o investimento ESG vai além de um acrônimo de três letras para abordar como uma empresa atende a todos os seus stakeholders : trabalhado- res, comunidades, clientes, acionistas emeio ambiente. Aqui entraoStakeholderCapitalism, o sistemanoqual as empresas são orientadas para servir os interesses de todos os seus stakeholders . Entre os principais stakehol- ders estão: clientes, fornecedores, colaboradores, acio- nistas e comunidades locais. Sob esse sistema, o obje- tivo de uma empresa é criar valor de longo prazo, e não maximizar lucros e aumentar o valor para o acionista à custa de outros grupos de partes interessadas. O debate sobre o papel e as responsabilidades das empresas na sociedade gerou várias teorias ao longo da história. Os defensores do Stakeholder Capitalism, como o economista Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia, acreditam que ele deve substituir a pri- mazia do acionista como um princípio de governança corporativa. Amaré está mudando além da academia. Empresas e líderes empresariais agora estão pedindo um retorno ao capitalismo das partes interessadas, que atualmente prevalece na Europa. Apesar das comparações com empresas focadas no acionista, os próprios investido- res podem liderar a acusação de instituir o Stakeholder Capitalism. Os investidores podem tentar usar suas ações de uma empresa para influenciar seu compor- tamento, incentivando-a a estar mais atenta ao bem- -estar de todos os stakeholders . Em agosto de 2019, o Business Roundtable lançou uma nova “Declaração sobre o Propósito de uma Cor- poração”, que dizia que todas as suas empresas-mem- bros compartilhamumcompromisso fundamental com todas as partes interessadas. “O sonho americano está vivo,mas se desfazendo”, disse JamieDimon, presidente e CEO da JPMorgan Chase & Co. (JPM) e presidente da Business Roundtable, em um comunicado. “Grandes empregadores estão investindo em seus trabalhadores e comunidades porque sabemque é a únicamaneira de ter sucesso no longo prazo. Esses princípios moderni- zados refletem o compromisso inabalável da comuni- dade empresarial de continuar a impulsionar uma eco- nomia que sirva a todos os americanos.” A 50ª Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial (WEF) em Davos foi focada no capitalismo das partes interessadas com o tema central “Stakeholder Capita- lism para ummundo coeso e sustentável”. O professor Klaus Schwab, fundador e presidente executivo doWEF e umdefensor de longa data da teoria das partes interes- sadas, afirmou: “As pessoas estão se revoltando contra as ‘elites’ econômicas que acreditam tê-las traído, e nossos Investir emESGé investir emempresas comalta pontuaçãonas escalas de responsabilidade ambiental e social, conforme determinado pelomercado
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