Revista da ESPM

SOCIEDADE REVISTA DA ESPM | JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/ABRIL DE 2021 30 Agora, pensando como o digital avança a rápidos pas- sos em todos osmomentos do nosso cotidiano, precisa- mos entender que a distinção entre o “mundo off-line” e o “mundo on-line” é cada vez mais tênue. E não é difícil enxergar isso: basta refletir sobre quantas horas do dia ficamos totalmente off-line. Muitas vezes, issonão acon- tece nemmesmo durante o banho ou quando estamos dormindo, visto que escutamosmúsica no Spotify ou ati- vamos despertadores. Isso demonstra como o ambiente on-line se tornou parte do comportamento humano em tão pouco tempo, com todas as previsões apontando para um aumento dessa participação. Pensando no mercado, toda mudança no comporta- mento do consumidor faz comque empresas se adaptem para continuar oferecendo soluções que sejam relevan- tes para o consumo (quem nunca ouviu falar dos casos da Blockbuster e da Kodak?). É exatamente por conta dessa história recente da internet e a entrada on-line no nosso dia a dia que a discussão de transformação digital de negócios e profissões do futuro está tão acalo- rada. Afinal, são os profissionais que idealizam, lideram e executam as transformações corporativas de acordo com as mudanças no comportamento do consumidor. O combustível dos profissionais do futuro Com tudo isso, chegamos ao motor dos profissionais do futuro: a transformação digital de negócios. Como é comum vermos na mídia o crescimento e o impacto do digital nos negócios, tendemos a considerar que desen- volver ou implementar tecnologias é a solução mais óbvia para que empresas ganhem espaço no mercado. Porém não podemos esquecer de que a tecnologia sempre foi, e sempre será, omeio pelo qual uma empresa alcança um objetivo. Isso significa que definir o profis- sional do futuro pensando exclusivamente pela tecno- logia é umamaneira perigosa de simplificar as transfor- mações que estamos vivendo. Quando falamos sobre transformação digital de negó- cios, precisamos considerar duas dimensões: deumlado, o entendimento de o que as novas tecnologias podem aprimorar nos processos ou impulsionar nos resultados; de outro lado está a certeza de que é preciso desenvolver mecanismos para implementar e liderar umamudança organizacional com foco nas pessoas. Enquantoa tecnologiaé ferramentaparaumaempresa se aproximar de consumidores, empoderar seus cola- boradores e otimizar processos internos, a mudança organizacional é amaneira pela qual a tecnologia pode transformar um negócio, envolvendo governança, cul- tura organizacional e todos os colaboradores. E a junção da tecnologia com a mudança organiza- cional precisa ser guiada a partir de cinco princípios: oferecer uma experiência única para os consumidores; repensar a estratégia organizacional e seus processos de inovação; definir uma estratégia digital orientada a dados e tecnologia; realizar amelhoria contínua de pro- cessos que potencializem os resultados da empresa; e shutterstock . com Basta refletir sobre quantas horas do dia ficamos totalmente off-line para perceber que a distinção entre o mundo off-line e o universo on-line não existe mais Definir o profissional do futuro apenas pela tecnologia é uma maneira perigosa de simplificar as transformações vividas

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