Revista da ESPM

JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/ABRIL DE 2021 | REVISTADAESPM 31 repensar a cultura organizacional, a governança e a ges- tão de pessoas que suportemo crescimento da empresa na curva de maturidade digital. A importância humano-tecnologia Os profissionais do futuro são moldados com base em dois pilares principais: o fator tecnologia e o fator humano. Empresas que investem apenas em tecnolo- gia para guiar a sua transformação corremo risco de se desconectarem do consumidor e oferecerem produtos e serviços que são considerados irrelevantes. Assim como investir apenas em entender o consumidor não permite que a empresa desenvolva produtos e serviços competitivos no mercado. A conexão entre os dois fatores pode ser claramente percebidanocotidianodasempresas.Afinal, quantomais a tecnologia e os profissionais (como cientistas de dados) permitem que tenhamos informações e dados sobre o comportamentodoconsumidor,maisprecisamosdepro- fissionais que compreendamo comportamentohumano para interpretaressesdados (comoetnógrafos) para trans- formá-los em insights e experiências ao consumidor. Então, vemos umciclo quemovimenta a demanda de capacitação de profissionais do futuro: àmedida que há mudança no comportamento do consumidor, precisa- mos demais profissionais capazes demapeá-lo pormeio de dados e tecnologia, demandandomais profissionais capazes de interpretar ocomportamentoe transformá-lo em soluções de mercado. O que não podemos ignorar é o ponto de partida de todoo ciclo: os seres humanos. Afinal, denada serviriam tecnologias e profissionais capazes de coletar e analisar dados ou digitalizar empresas se não houvesse a cone- xão com o consumidor a priori (entendendo que ele é o início do processo) e a posteriori (interpretando os dados para oferecer experiências de consumo). Competências do século XXI Agora que notamos a importância e a codependência entre o fator humano e a tecnologia, começamos a enten- der quais tipos de profissão e que competências serão cada vez mais demandados no futuro. Falar sobre profissões significa falar sobre funções que são exercidas em uma sociedade de acordo com a demanda de mercado, baseadas em um conjunto espe- cífico de competências que umser humano possui. Para darmos perenidade à discussão, vamos focar nessas competências do futuro. Mas, afinal, o que são essas competências sobre as quais tanto falamos? Uma das correntes mais relevan- tes da literatura, que é aplicada na construção dos Pla- nos de Ensino e Aprendizagemda ESPM, versa que toda competência é um conjunto de três elementos: conhe- cimento, habilidade e atitude (CHA). O conhecimento, muitas vezes confundido com a competência em si, é o acumulado de informações que um profissional possui sobre determinado assunto e o utiliza quando necessário. Em outras palavras, é o “saber o que fazer”. Porémapenas saber o que fazer não é suficiente, visto queoprofissional competente tambémprecisa ter habili- dade para tal. Ou seja, ter a capacidade e o conhecimento técnico para compreender a realidade e resolver o pro- blema, também conhecido como “saber como fazer”. shutterstock . com A tecnologia é ferramenta para uma empresa se aproximar de consumidores, empoderar seus colaboradores e otimizar processos internos

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