Revista da ESPM

JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/ABRIL DE 2021 | REVISTADAESPM 39 para entender os desafios do trabalho remoto, da nova dinâmica familiar, das inseguranças de cada pessoa, de entender o colega e saber quando levantar amão quando a situação está fugindo do controle. Hoje, a solução não está mais centrada em apenas um profissional, e sim no coletivo. O individualismo tem pouco lugar no mercado de trabalho. Saber trabalhar em equipe e priorizar decisões são dois atributos essenciais emummun- do cada vezmais intenso. Revista da ESPM — Em janeiro, o Fórum Econômico Mundial divulgou o relatório Jobs of Tomorrow: Mapping Opportunity in the New Economy , com 96 profissões do amanhã. Em sua opinião, que carreiras estarão em alta noMercado Livre emum futuro próximo? Carolina — As profissões do futuro estarão cada vez mais relaciona- das à tecnologia, principalmente nas áreas de segurança, complian- ce , gerenciamento de r isco, ou seja, gente capaz de desenvolver soluções de segurança para im- pedir, por exemplo, a lavagem de dinheiro. E também na área de inovação, que nos permita lançar ações, como a loja solidária, ini- ciat iva que permite aos nossos usuários realizarem doações para combater a fome no país. Revista da ESPM — Qual é ou deve- ria ser o papel do mundo acadêmico na preparação destes novos profissionais? Carolina — Mais do que preparar o estudante para o mercado de tra- balho, as universidades precisam estabelecer uma conexão maior com o mercado, que avança mais rápido do que as teorias da aca- demia. A ESPM é uma escola que estimula essa aproximação e que forma excelentes profissionais. Aqu i, no Mercado Liv re, temos mais de 30 profissionais formados pela ESPM. Revista da ESPM — Em sua opinião, como será o futuro do trabalho? Carolina — Falamos muito de orga- nizações e trabalhos mais fluidos em um mundo no qual muitos não estão mais conectados com uma empresa, e sim com o desafio, a oportunidade de desenvolvimento pessoal ou profissional. Logo, te- mos visto ciclos de carreira mais curtos e uma necessidade maior de mudar para explorar novos de- safios e diferentes ambientes. Com isso, o trabalho do futuro tende a ser anywhere . O que a pandemia fez foi só acelerar esse processo. Eu mesma já cheguei a recusar propostas de emprego por conta da localização. Hoje, moro no interior de São Paulo, em home office, e te- nho uma ótima qualidade de vida. O lugar onde esse profissional está já conta menos do que as entregas que ele rea l iza . E as empresas terão de se adaptar cada vez mais a esse conceito. Nós já estamos trabalhando com esse conceito. A ideia é criar ambientes e projetos mais curtos para dar mais dina- mismo à carreira e a sensação de estar mudando de emprego dentro da própria empresa e aprendendo o tempo todo! Hoje, a soluçãonão estámais centrada emapenas umprofissional, e simno coletivo. O individualismo tempouco lugar nomercado de trabalho SHUTTERSTOCK.COM

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