Revista da ESPM - STE-OUT_2011
s e t e m b r o / o u t u b r o d e 2 0 1 1 – R e v i s t a d a E S P M 109 A Síndrome da Fadiga da Infor- mação, também chamada de o grande “estresse cibernético”, é consequência da produção de tecnologia e informação de- masiada. Essa sobrecarga de informações pode gerar estres- se, tensão, distúrbios de sono e alimentação, dificuldade de memorização e irritabilidade. É necessário assumir que todo indivíduo tem limitesparaassimi- lar grande quantidade de dados, contudo, deixar de submeter-se ao bombardeio diário de infor- mações pode comprometer a carreira e a empregabilidade. Apenas no ano de 2006, seis trilhões de e-mails comerciais foram disparados. Em 2011 sabemos que estão sendo enviados aproximadamente 55 milhões de spams por dia e, há menos de 3 anos, eram 10 milhões/dia. Nos últimos 20 anos a humanidade produziu mais informação do que em seus 5.000 anos de história, desde o surgi- mento da escrita. Sem contar com as milhares de inovações tecnológicas e, por conseguinte, de linguagens e formatos e, o mais importante, de impacto na nossa forma de ser, pensar, agir, desejar eestar nomundo. Sónoplanetapontocom desenvolvemosmais de 15 linhas de pesquisa no campo da Midiaeducação, cujo principal desafio é identificar os nós da educação e, na sequência, desenvolver soluções inovadoras para atualizar as práticas, nos diferentes ambientes de ensino-aprendizagem. Enós entendemos que, para além das salas de aula, das áreas comuns da escola e de todos os ambientes de convivência domundo dos átomos (família, ruas, shoppings, praças...), todos os espaços interativos domundodos dígitos tambémse constituememambientes de ensino-aprendizageme precisamser considerados como espaços privilegiados de construçãodo ser social. Nesse cyber - espaço somos bombardeados por uma infinidade de conteúdos, nos mais dife- rentes formatos e trazendo os mais inovadores o unca fui boa em vaticínios ou prog- nósticos de longo prazo. Por inépcia ou pelo simples fato de não me levar muito a sério ou, ainda, por não crer mesmo na qualidade da minha fundamentação teórica, o fato é que sempre erro. Lembro-mebem, quando fui questionada sobre a viabilidade de se lançar noBrasil uma revista que seria o sucedâneoda Hola espanhola. De cara, saí afirmandoque não funcionaria. Achava que aqui nos faltavam os personagens dos contos de fadas europeus: príncipes, princesas, reis, infantas e, portanto, as fofocas sobre as inacessíveis cortes do VelhoMundo. Errei completamente. Essa revista, Caras , se tornou um caso de sucesso de vendas, circulação e anúncios e sim, pormais incrível que pareça, recheada de detalhes da vida privada das celebridades da corte global, mesmo as efêmeras participantes de reality shows . Posto issoaceitei o convitedomeuqueridoÁlvaro Novaes e de uma publicaçãodo calibre da Revista da ESPM , que me honram querendo publicar a minha opinião. Fala sério!Nãohá ego que resista a uma oportunidade dessas! Então vamos lá. Quando penso no futuro da educação, me assombra a angústia de não saber responder a uma simples questão: para que estamos formando nossos jovens e crianças? Para qual tipo de convivência? Sustentada por quais valores? São muitas as dúvidas e somem-se a elas as de natureza profissional: como será o merca- do de trabalho daqui a três (Ensino Médio), quatro ou cinco anos (Ensino Superior), como vislumbrar quais competências e habilidades precisaremos desenvolver emnossos estudan- tes? Em qual mundo estamos hoje e estaremos quando eles se formarem? N
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx