Revista da ESPM - STE-OUT_2011
s e t e m b r o / o u t u b r o d e 2 0 1 1 – R e v i s t a d a E S P M 123 conhecimento e por isso mesmo marcadas por rápidastransformações.Nessatrilha,doishomens que se notabilizaram no cenário político francês e europeu estiveram à frente de comissões com- prometidas em entender a educação do presente, para propor a educação do futuro – Edgar Faure e Jacques Delors. Concluída a investigação que fundamentoucuidadosodiagnóstico,proposições foram elencadas. Mais que apontar para o futuro, elas ressignificamo passado. Educação e futuro CÉLIA MARIA MARCONDES FERRAZ SILVA PÁG. 74 O Estado brasileiro incluiu, desde o Império, a Educação como tema importante nas dife- rentes constituições, definindo parâmetros de investimento, o que garante recursos no orçamento da nação. A revisão dos diferentes momentos da história da Educação nos permite ver que houve no Brasil preocupação dos governantes como tema, embora, desde a publicação do “Manifesto dos Pioneiros da Educação”, na década de 1930, os resultados obtidos foram aquém do desejo de educadores e intelectuais. Hoje estariam aquém das demandas do mercado de trabalho e das demandas da sociedade. Certamente, olhando o futuro, as conquistas ob- tidas devemser ampliadas. Depois da escola para todos é preciso garantir qualidade sem perder a universalidade,oqueébastantecomplexo.Quali- dadeparaumpequenogrupodealunosoBrasiljá conquistou.Masprecisamosfazermais,olhandoa trajetória durante todo o percurso escolar. Educação: um compromisso com o futuro LOURENÇO BUSTANI PÁG. 96 Empresa voltada para a inovação consciente, a Mandalah toma nota das transformações ocorridas no mundo e a importância de organi- zações participarem ativamente na construção de cenários futuros mais favoráveis. Em recente projetoencomendadopeloColégioBandeirantes, aMandalahvênaEducaçãoumdesafiodemonta e identifica como fatores determinantes de uma revoluçãoincontornávelseismacrotendênciasda vida contemporânea: a equação entre o esgota- mento de recursos e o desequilíbrio ambiental, a interdependência do homeme do grupo social em que se insere, a mobilidade como fator de aproximação, o desenvolvimento tecnológico, a obsolescência dos atuais modelos de avaliação e a reconfiguraçãodonúcleo familiar. Umsistema educacional revisitado seria capaz de garantir ao estudante de hoje um futuro mais responsável, sustentável, humano. Ensino e mudança: um passeio pelo futuro ROSA ALEGRIA PÁG. 102 O ambiente educacional em sua fragmentação temporal deve reorientar seus sistemas de apren- dizagem para formar indivíduos e prepará-los para viver nessa época de aceleradas mudanças. Nesse novomundo, o que as escolas e centros de aprendizagempodem fazer para que a sociedade tire proveito dessas mudanças? Integrar o futuro nos programas escolares, desaprender conheci- mentos dogmáticos, conhecer novas realidades cognitivas, e inserir aspectos da individualidade interior que ancoram ativos intangíveis, são al- guns dos caminhos apontados nesse artigo. Para ilustrar as possibilidades futuras como sinais e oportunidadesparainovarnossistemasdeensino, uma breve síntese de um estudo realizado pelo Projeto Millennium , que elenca algumas novas realidades educacionais para o ano 2030. A educação do futuro SILVANA GONTIJO PÁG. 108 Para pensar a educação do futuro precisa- mos desconstruir a nós mesmos e às nossas prioridades como docentes e gestores de instituições de ensino ou empresas. Pre- cisamos também rever o conceito de sala de aula como principal espaço de ensino e aprendizagem, os currículos, as grades ou a inexistência delas e as novas formas de comunicação associadas às metodologias e práticas pedagógicas. Como lidar com o contexto de estudantes nativos digitais e professores formados no mundo dos átomos? Como lidar com o paradoxo de vi- vermos num mundo em rede com conteúdos e experiências articulados e um sistema de ensino que presume o isolamento dos sa- beres nas “caixas” de disciplinas isoladas? Como pensar o futuro se engatinhamos no presente? Esse artigo pretende suscitar es- sas e outras questões e levar a uma reflexão sobre a inovação como premissa do avanço para a educação. A tecnologia e o futuro da educação: um olhar neurocientífico BILLY NASCIMENTO PÁG. 112 Imaginar como será nosso futuro é sem- pre um trabalho árduo e invariavelmente impreciso. Entretanto, em uma sociedade altamente tecnocrática, tentar compreen- der os efeitos que as criaturas de silício exercem sobre seus mestres de carbono se torna cada vez mais importante. De fato estamos vivendo em um tempo onde tudo envolve tecnologia, interfaces , comunicação e informação. A todo instante interagimos com estas máquinas que se dispõe a nos prestar tarefas subservientes embaladas em promessas de um mundo melhor. Mas qual será o efeito das tecnologias sobre nossa forma de pensar? Como nosso cérebro reage a esse crescente número de interfaces tecnológicas que nos afastam de maneira contundente da Savana Original? ES PM
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx