Revista da ESPM - STE-OUT_2011

s e t e m b r o / o u t u b r o d e 2 0 1 1 – R e v i s t a d a E S P M 29 3. Recorrendo a pesqui- sas em neurociências realizadas sem julgamen- to do mérito dos resulta- dos: descobertas cien- tíficas recentes sobre o amadurecimento de cé- rebro humano “ Jovens com até 20 anos têm menor capacidade de concentração ”. 8 O título ao lado é de um artigo publicado no site UOL e refere-se a um fato cientificamente comprovado e que nada tem a ver com o ad- vento da internet. Pesquisa realizada em 2010 por neurocien- tistas do Institute of Cognitive Neuroscience, pertencente ao University College London, afirma que o cérebro humano fica maduro, pronto , em torno de 26 ou 27 anos; 9 até essa idade, o excesso de massa cinzenta, somado à grande atividade no córtex pré-frontal (responsável pela tomada de decisões), são os responsáveis pela falta de concentração dos jovens. Ou seja, essa falta de concentração é inerente à imaturidade do cérebro humano e não causada pela internet. Assim, comparar a capacidade de concen- tração, de análise e de tomada de decisões desses jovens com as de um adulto de 35 anos (por exemplo) não faz sentido: com a idade, perdemos massa cinzenta, desacelera-se a ati- vidade no córtex pré-frontal, mas ganhamos capacidade de criar maior número de sinap- ses, o que é fundamental para a capacidade de concentração e de aprendizagem. 10 4. Nativo digital : um novo personagem entrou em cena, e não vai mais sair do palco Somando-se o que foi exposto até agora sobre os jovens à onipresença da internet, temos o perfil do nativo digital . 11 Do outro lado do ringue estão os imigrantes digitais , que são os pais, os mestres e os pensadores que constro- em a lógica da escola de hoje, como resume a (Figura 1). Vistas essas diferenças, fica claroumdesafio fun- damental para nós, imigrantes digitais : a internet, a virtualidade nas comunicações e nos relaciona- Os “imigrantes digitais” ou aqueles nascidos anteriormente às novas tecnologias digitais, caracterizam-se por se adaptar a um novo ambiente, onde aprenderam a usar as novas tecnologias de maneira diferente das gera- ções mais recentes. Recorrendo a métodos híbridos de pesquisa onde nem sempre a tecnologia se faz presente. O “nativo digital”, que nasceu e cresceu em meio a videogames, internet, telefone celular, MP3 etc, tem como principal característica o uso frenéticoda tecnologiadigital, excluindoo papel de suas tarefas diárias, agora supridas pelo computador.

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