Revista da ESPM - STE-OUT_2011
R e v i s t a d a E S P M – s e t e m b r o / o u t u b r o d e 2 0 1 1 36 da pessoa no momento do aprendizado. Se conseguirmos envolver a pessoa, emocional- mente, aumentaremos, significativamente, a chance de ocorrer um aprendizado real e duradouro. Como o cérebro processa informações Essa questão ficará mais clara por meio da introdução de um modelo de como ocorre o processamento de informação no cérebro hu- mano (Figura 2). Devemos alertar o leitor para o fato de que esse modelo, desenvolvido pelo cientista David Sousa (Sousa, 2001), é um entre vários outros que foramdesenvolvidos, mas esse em particular nos parece bastante aplicável à realidade do aprendizado e de uma sala de aula. Sousa propõe o que (processamento cerebral de informações) ocorre ao longo de uma série de filtros sucessivos pelos quais a informa- ção deve passar. Somente o que for muito relevante (em critérios específicos que serão esclarecidos mais à frente), supera todas as barreiras. O processo tem seu início a partir do ambiente externo, a partir dos sentidos, que funcionam como as portas de entrada do mundo exterior para o cérebro. A percepção por si só já é um tema complexo, do ponto de vista biológico e do ponto de vista filosófico. A questão do quanto podemos apreender di- retamente da realidade externa continua tão relevante hoje quanto o foi na Grécia Antiga. Em termos de estruturas cerebrais, o registro sensorial é composto pelo tálamo e sistema de ativação reticular (SAR), localizado no AMBIENTE EXTERNO VISÃO AUDIÇÃO OLFATO TATO PALADAR REGISTRO SENSORIAL SENTIDO E SIGNIFICADO PERDA PERDA PERDA MEMÓRIA IMEDIATA MEMÓRIA DE TRABALHO EXPERIÊNCIAS ANTERIORES SISTEMAS DE CRENÇAS COGNITIVAS Estruturas cerebrais mais antigas e ligadas às emoções AUTOCONCEITO MEMÓRIA DE LONGO PRAZO MEMÓRIAS DE CURTO PRAZO Estruturas cerebrais mais rescentes e ligadas ao processamento racional Figura 2 Modelo de processamento de informação Fonte: Adaptada de Sousa, (2001).
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