Revista da ESPM - STE-OUT_2011
R e v i s t a d a E S P M – s e t e m b r o / o u t u b r o d e 2 0 1 1 38 além da decisão imediata é descartado. A maior parte das coisas não supera este filtro e as informações sobreviventes são repassadas à memória de trabalho. Mas o que sobrevive a esse primeiro filtro? A (Figura 3) retoma uma fase do modelo geral de processamento de informações e demonstra, esquematicamen- te, a relação entre essas áreas de memória. Como podemos ver, o aprendizado racional ocupa um baixo nível de prioridade nesse processo, que é dominado pela necessidade de sobrevivência e, em um segundo nível, pelas emoções. A memória de trabalho, representada por uma mesa, está baseada nos lóbulos frontais e é uma instância voltada ao processamento consciente de informações. É aí que ideias e conceitos são decompostos e retrabalhados antes de serem armazenados nas memórias de longo prazo, ou desprezados (o que acontece com a maioria das informações aí processadas). Nos últimos anos, com o interesse crescente da sociedade por neurociência, algumas notícias popularizaram-se, entre elas a de que somente conseguimos guardar sete pe- daços de informação, simultaneamente. Esse fato se refere à memória de trabalho, que tem realmente uma capacidade limitada de armazenamento simultâneo e foi verificado que o ser humano adulto consegue guardar, SENTIDO E SIGNIFICADO SISTEMAS DE CRENÇAS COGNITIVAS Estruturas cerebrais mais antigas e ligadas às emoções AUTOCONCEITO MEMÓRIA DE LONGO PRAZO MÉDIA ALTA A MUITO ALTA BAIXA OU MUITO BAIXA MODERADA TAXA DE SUCESSO NA TRANSFERÊNCIA SIM SIM NÃO NÃO Esta informação tem significado? Esta informação faz sentido? Figura 4 Esquema de trasmissão de informações entre amemória de trabalho e a memória de longo prazo Fonte: Adaptada de Sousa, (2001).
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