Revista da ESPM - STE-OUT_2011

R e v i s t a d a E S P M – s e t e m b r o / o u t u b r o d e 2 0 1 1 60 Um número considerável de professores exclusivos, integrais. Que haja espaço para a pesquisa constante. Que possibilite que o corpo docente seja globalizado; para tanto é necessário: au­ mentar intercâmbio de alunos e professores e ampliar o número de trabalhos docentes nas revistas acadêmicas e científicas mundiais. Condições do espaço físico: integração de leitura, prática e exercício da reflexão É muito comum o estudante ir para a sala de aula sem ter lido o que foi solicitado; tal comportamento (da maioria!), “desvirtua” o encontro e a real função de uma sala de aula; ou seja, na ausência de leitura, o professor “passa a contar o livro para os estudantes”. Por que os estudantes têm esse comportamento? Como são distribuídas as 24 horas de seu dia? Quanto despende de tempo com a leitura? Como o exercício de “sonhar” não é limitado nem pelos recursos, nem pelas pessoas, tomo a liberdade de organizar esquematicamente o que parece óbvio para muitos educadores – a ideia de que o espaço e o tempo têm de ser outros , uma vez que se deve levar emconsideração que: A educação superior é um dos projetos que deveria antecipar-se à realidade, sem deixar que esse futuro “se esqueça” das suas raízes. A cada dia o tempo torna-se mais escasso. A carga horária das matrizes curriculares das IES temsidoexcessiva, demasiadamente“teórica”, compredominânciademétodosqueprivilegiama orientaçãoparaanotaenãoparaaaprendizagem. O diálogo só existe se temos um mínimo de repertório para dialogar. Hoje, para ter acesso à informação, os estudantes têm vários canais: internet, TV a cabo, DVDs etc. A sala de aula deveria ser um locus de criação de conhecimento, para que o encon­ tro se realizasse num processo de diálogo entre estudantes e professores; para tanto, é necessário que os estudantes tenham tempo e comprometimento. Novas condições Dadas as circunstâncias, as condições devem ser outras. Temos de considerar que novas con­ dições devem ser viabilizadas, uma vez que: Muitos jovens estão praticamente “vi­ ciados” na tela do computador, cada vez mais solitários e antissociais. É necessário arrancá-los de seus quartos, propiciar-lhes encontros em espaços físicos diferenciados, lúdicos, a fim de que possam ter o prazer de “pertencimento” a um grupo social. As salas de aula − da forma como são hoje concebidas − deveriam ser extintas; em seus lugares, seriam construídas, meta­ foricamente, Ágoras (Assembleias, Fóruns, Conferências etc.). Como afirma Anastasiou