Revista da ESPM - STE-OUT_2011
R e v i s t a d a E S P M – s e t e m b r o / o u t u b r o d e 2 0 1 1 94 } Inst i tuições que cobram pelo conteúdo vão ganhar dinhei ro or ientando o aluno na ordem de lei tura das obras e ar t igos, em cer t i f icação. ~ estão arraigados na maneira de ser, de se comportar dos alunos e não temos muitas oportunidades de mudar esses valores. É curioso porque recentemente publicamos uma edição da Revista da ESPM sobre empregabilidade, com en- trev istas de diretores de RH e consultores, que são unânimes em afirmar que, ao selecionarem nos- sos alunos − candidatos a trainees − a preocupação deles vai além da formação técnica que uma boa escola dá. Se vem da FGV, da ECA ou da ESPM, o aluno está bem preparado. E o que interessa aos contratantes, hoje, são os valores, como ele encara o trabalho, o sen- tido de lealdade, a ética pessoal, a sustentabilidade, a participação comunitária. Estes são valores que vejo, com muito receio, enfraque- cerem, em vez de fortalecerem-se nessa geração mais imediatista e individualista. Que papel a escola deveria desempenhar? GUSTAVO – A Escola do Futuro deve estar comprometida com a verdade, a liberdade, a solida- riedade e a vida, porque, se não for assim, não há futuro. Cada um desses pontos tem múltiplas aplicações. Quando falamos em solidariedade, estamos tratando da conscientização de cada indi- víduo e de sua responsabilidade para com os demais. Somos seres sociais, isso quer dizer que o outro é vital para cada ser humano poder ser ele mesmo. Já a vida representa a sustentabilidade, a consciência da responsabilidade com o pla- neta. Outro dia, uma amiga disse que não podia jogar o lixo fora porque não existe o fora , uma vez que tudo fica dentro do planeta. É preciso tomarmos consciência disso e ajudarmos a const ruir uma Escola do Futuro que tenha essas estrelas-guias para ajudar os alunos a encontrarem aquilo que buscam. Conheci um grande pedagogo que era professor de canto. Em uma de suas aulas, ele aparece com uma aluna fazendo } Aquela l i teratura histór ica consagra- da, que precisava ser aprendida, já não existe mais. Numa sociedade plural ista você tem visões di ferentes. ~
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