Revista da ESPM - STE-OUT_2011
R e v i s t a d a E S P M – s e t e m b r o / o u t u b r o d e 2 0 1 1 98 melhor.Apartirdeles, tendoentendidoeprojetado o que podem conter de mais sugestivo, oferece- mos consultoria e pomos a mão na massa para que empresas – públicas ou privadas, grandes ou pequenas – possam vislumbrar novas estratégias de relacionamento com seus “clientes-cidadãos”. Nossa convicção é de que o funcionamento da engrenagem capitalista não precisa depender meramente do apelo ao consumo. O lucro deve vir aliado ao propósito, permitindo que aquela macrotendênciaque antes pareciauma “verdade” se transforme emmilhares de novas perguntas. Pensar em inovação ou renovação significa consi- derar aquiloqueomundo realmentenecessita.No âmbito corporativo, entendemos que o primeiro passo é fortalecer a ideia de que desenvolvimento e consciência podem e devem caminhar lado a lado. E as empresas também estão cientes disso. A grande questão, no entanto, é que elas muitas vezes não sabem como ou por onde começar. É aí que intervêmações comoas daMandalah, provo- cadoras de diálogos antes adormecidos. Há cinco anos vimos ajudando organizações a melhorar o mundo em que evoluem ou a lograr melhor de- sempenho, tornando sua relação coma sociedade mais transparente e inclusiva. Seis macrotendências impactam a educação e as relações humanas Um exemplo dos cases que desenvolvemos é o estudo “Band Atemporal”, parceria com o Colégio Bandeirantes, de São Paulo, que visava identificar e compreender seis macrotendências a impactar diretamenteaeducaçãoeasrelaçõeshumanas.Vale ressaltarqueasanálisesnelecontidasnãotentaram, de modo algum, configurar um cenário rígido, in- flexível. Pelo contrário, pretenderam ser o ponto de partidadeumprocessoquestionador,cujacontinui- dade será determinante para que não só o Colégio Bandeirantes,mastambémoutrosestabelecimentos na cadeia educativa se mantenham sintonizados como presente e preparados para o futuro. A manutenção dos modelos atuais de desenvolvimento pode, já no médio prazo, inviabilizar a sobrevivência da espécie humana A primeira macrotendência que captamos foi o binômio crescente escassez de recursos versus desequilíbrio ambiental . A humanidade já sente os efeitos dofimde umciclo. ARevolução Industrial, paralelamente aos avanços que alavancou, tornou o mundo grandemente dependente de recursos não renováveis. Isso se reflete, por exemplo, na crescente carência de água potável, que já assola cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Sofrer esse tipo de efeito tem levado a sociedade – hámuito acostumada a umsistema predatório – a rever seus conceitos. Nem sempre sabemos apontar com precisão para os caminhos a se- guir; mas ao percebermos as reais consequên- cias de nossas condutas, já estamos plantando a semente da mudança. Ainda entre asmanifestações da relação entre es- cassezde recursos edesequilíbrioambiental, está o aumento dos custos e dos riscos dos processos produtivos (pela exaustão das matérias-primas e pela complexidade dos sistemas industriais), e dos problemas de saúde pública (por conta da poluição, da falta de água e dasmudanças climá- ticas, que comprometem uma série de biomas). Registre-se que o homem já corrompe em mais de 20% o equilíbrio da equação entre extração e reposição natural de recursos biológicos. Sem qualquer exagero, é legítimo dizer-se que a ma- nutençãodosmodelos atuais dedesenvolvimento pode, já no médio prazo, inviabilizar a sobrevi- vência da espécie humana. Ecomocomeçaramudaresseparadigma?Pensan- do, logicamente, naqueles atoresque conduzirãoo futuro: os jovens. A infância e a adolescência são osperíodosmais favoráveisparaoaprendizadoea introjeçãodenovoscomportamentos.Éesse,preci-
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