Revista da ESPM - STE-OUT_2011

s e t e m b r o / o u t u b r o d e 2 0 1 1 – R e v i s t a d a E S P M 99 samente, omotivo pelo qual escolas e instituições deensinoemgeral sofrerãopressãocadavezmaior para integrarem às suas atividades a cartilha da sustentabilidade.Prevendoqueapreocupaçãocom o meio ambiente será exponencialmente maior, noções sólidas sobre o tema serão premissas para cursos superiores e exames de admissão. Os pais tenderãoa levar emconta tambémocompromisso ambiental ao fazerem sua escolha da escola na qual vão matricular seus filhos. Trata-se de mu- dar a forma de pensar para mudar a de educar. Mudando-as desde já, estaremos, a longo prazo, mudando a forma de viver das pessoas. Por um engajamento coletivo maior, alinhado com a tão disseminada “cultura de paz” A interdependência surge como outro ponto chave. Somos seres sociais. Moldamos nossos atos e sonhos sempre sob a influência daquilo que nos rodeia. Acasos, ações e reações desviam constantemente nosso destino. Desse ponto de vista, o conceito de self-made man se relativiza: só lograremos“fazer-nos”seestivermossintonizados com nosso próximo. Emmeio ao dinamismo das relações interpessoais, portanto, achar a forma adequada de viver coletivamente significa, antes de mais nada, achar sua própria autonomia. Verifica-se hoje uma elevação no nível de responsabilidade das pessoas. O consumo tornou-se mais consciente e o envolvimen- to com questões ambientais e sociais mais presente. Inúmeras ONGs e OCIPs sugerem um engajamento coletivo maior, alinhado com a tão disseminada “cultura de paz”, que a UNESCO designou como meta prioritária. Tolerância e solidariedade são conceitos tão “na moda” quanto o respeito pelos direitos indi- viduais. Multipliquemos agora tudo isso por 7 bilhões, já que, na presença das redes sociais, da internet e dos meios de comunicação, os sentimentos de pertencimento e colaboração atingiram escalas universais. Naeducação,aincidênciadessasforçasé bemclara. Educar nãose restringemais ao simples seguimentodeumcurrículo programático. Novos desafios saltam aos olhos, clamando pela revisão, por parte das escolas, da maneira de asses- sorar seus alunos. A vazão de habilidades diversas, por exemplo, dita maior flexibilização dos conteúdos. O raio de alcance da web e das redes sociais determina sua inserção no ambiente escolar. A universalização doconhecimentopedeumplanejamento mais multi e interdisciplinar, capaz de aproximar ainda mais a escola do dia-a- diadojovem.Emresumo,famíliaseesco- las têmo dever de estar atentas e abertas às tendências que a atualidade impõe. A tecnologia encurtou definitivamente o espaço A mobilidade global, física ou virtual , foi a terceira macrotendência que analisamos. Ao modernizar e democratizar os meios de comunicação, a tec- nologia inaugurou uma nova era no que tange a mobilidade. Empresáriospodemfecharnegóciosa distância, alunospodemcarregar todaumabiblio- tecaemummicroaparelho.Atecnologiaencurtou definitivamenteoespaço, destinos desconhecidos quase já não existem. Culturas e comportamentos ganharamdimensão global e se vão miscigenando. A miscigenação, por sua vez, é capaz de promover o respeito pelas diferenças, já que a fronteira entre os valores se tornou mais tênue e que o indivíduo não mais se deixa constranger pela particularidade de suas características e escolhas. A transculturação in- tensificou o anseio pelo conhecimento do outro e pelo intercâmbio. Por força dessa dilatação arterial domundo, estu- dar foradoBrasil tornou-seumapossibilidadepal- pável. O ensino a distância ganhou credibilidade. O case Band Atemporal, uma parceria da Manda­ lah - boutique de inova­ ção consciente - com o ColégioBandeirantes de São Paulo, visa identifi­ car e compreender seis macrotendências que impactam diretamente a educação e as relações humanas.

RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx