Revista da ESPM - SET-OUT_2007

106 R E V I S T A D A E S P M – SETEMBRO / OUTUBRO DE 2007 INTRODUÇÃO O Brasil passou por uma pequena revolução nos últimos 15 anos. Abriu e estabilizou sua economia, implantou umdos programasmais ambiciosos de privatização do mundo, apoiou um bloco sub-regional, liderou a oposição a umacordo de livre comércio hemis- férico, manteve posição firme contra os grandes protecionistas agrícolas mundiais e fez tudo isto numambiente plenamente democrático, sob um regime institucional ainda em muitos aspectos transitório, porém consi- deravelmente estável. Até mesmo a alternância de poder, de centro-direita para centro-esquerda, foi possível sem que o país “perdesse sua economia” (ou pelo menos sua moeda). Quando comparado a seus vizinhos, o Brasil talvez não esteja tão mal como muitos brasileiros estimam (e sentem). No entanto, o crescimento econômico, condição sine qua non para o desenvolvimento social e econômicodopaís, temsidopequeno, até mesmo quando comparado a países latino-americanos. O Brasil só perde para o Haiti, neste aspecto, no hemisfério. Entre os BRICs, o país tem as cifras menos imponentes. Enquanto isto, a internacionalização da economia brasileira continua e o comércio exterior se torna cada vez mais crucial. O investimento direto estrangeiro (IDE), por sua vez, retoma sua trajetória ascendente. O PARADIGMA DA COMPETITIVIDADE BRASILEIRA: ABERTURA, CRESCIMENTO E CONTESTABILIDADE 1 Foto:Afonso Lima 1. Este artigo se baseia numa versão em inglês publicada pelo Center for Hemispheric Studies , da Universidade de Miami.

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