Revista da ESPM - SET-OUT_2007
R E V I S T A D A E S P M – MAIO / JUNHO DE 2006 Sum ário EXECUTIVO A MUDANÇA NA ESTRATÉGIA INTERNACIONAL DA MARCO- POLO – EFEITO DO CÂMBIO OU DA GLOBALIZAÇÃO? EVA STAL pág. 16 A Marcopolo é uma empresa ino- vadora em produtos e processos de fabricação, que alcançou projeção internacional com o fornecimento de carrocerias de ônibus adaptadas às mais diferentes exigências dos clien- tes. Ela exporta seus produtos para mais de 80 países, em dois forma- tos: as carrocerias são totalmente (CKD) ou parcialmente desmontadas (PKD ou SKD), e posteriormente finalizadas nos países de destino. A forma escolhida depende dos im- postos incidentes e das exigências dos países importadores quanto à produção local dos componentes. Atualmente, ela precisa redefinir a sua estratégia internacional, pois, como tantas outras firmas exporta- doras brasileiras, se sente prejudi- cada pela valorização do real, que desafiou seu modelo consagrado de fabricação e vendas. Buscar fornece- dores globais é uma das alternativas, reduzindo a produção no Brasil. O artigo acompanha a trajetória da Marcopolo desde a sua fundação, mostra o sucesso alcançado no mercado externo e descreve o atual contexto econômico brasileiro e mundial, em que a nova estratégia está sendo definida. GERÊNCIA INTERCULTURAL LÍVIA BARBOSA pág. 30 De 1970 ao final da década de 1980, a noção de cultura organizacional como instrumento de ação gerencial configurou-se como o grande tema. De 1990 ao início do século XXI, a cultura foi reconhecida como capital intangível e diferencial competitivo das organizações. Quando uma em- presa se estabelece em outros países, as possibilidades que estas novas oportunidades apresentam estão com- binadas aos riscos e custos inerentes a ambientes desconhecidos. A autora apresenta os dados da aná l i s e de uma pe squ i s a en t r e executivos de diferentes empresas e nacionalidades, no final do ano de 2006 e início de 2007, sobre a l guma s d imen s õe s , d i l ema s e identidades oriundos da gerência intercultural. Os depoimentos permitem consta- tar a importância dos mecanismos atuantes, quando falamos sobre “nós” e os “outros”. Os mecanismos são reveladores mais de nós mes- mos do que dos outros; e a melhor forma de se apreender o outro talvez não seja pela explicitação das suas especificidades, mas pela via do entendimento dos mecanismos de construção das identidades. BRIC S E O RETORNO DO CAPITALISMO DE ESTADO VLADIMIR SAFATLE pág. 36 Este artigo visa discutir a possibilidade de que a ascensão dos BRICs no cenário econômico internacional implique emum retorno do que a teoria social chama de “capitalismo de estado”. Contrariando a tendência liberal, hegemônica nos anos 80 e 90, de reforma do Estado, os BRICs são países que conservaram o papel ger- encial do estado na economia. Isto talvez apenas demonstre como o capitalismo é capaz de conviver muito bem com vagas estatizantes e liberais, já que estes seriam dois momentos de um único processo de desenvolvimento. GERDAU – AQUISIÇÕES NO EX- TERIOR COMO RESPOSTA AO ESGOTAMENTO DO MODELO NO MERCADO INTERNO EVA STAL/ MARCOS AMATUCCI pág. 46 Detentora de uma fórmula vencedo- ra – a excelência em gestão de mini- mills –, a Gerdau cresceu no Brasil através de aquisição e recuperação de plantas de baixo desempenho, recuperando-as e tornando-as efi- 122 I A D A E S P M – SETEMBRO / OUTUBRO DE 2007
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