Revista da ESPM - SET-OUT_2007

18 R E V I S T A D A E S P M – SETEMBRO / OUTUBRO DE 2007 A mudança na estratégia internacional da Marcopolo INTRODUÇÃO Quarenta e seis anos após a primeira exportação, e16anosapósoestabeleci- mento da primeira fábrica no exterior, a Marcopoloenfrentaumdilema–manter o bem-sucedido modelo de expansão internacional a partir de sua base bra- sileira ou buscar uma nova estratégia, em razão do câmbio desfavorável, que penalizaasexportaçõesdepartesecom- ponentes para posterior montagem no exterior. Pela primeira vez, em 2005, a empresadecidiuenfatizaroprocessode global sourcing , buscando fornecedores no exterior para peças, componentes e matérias-primas. Em primeiro lugar essa busca está sendo feita nos países onde a companhia possui fábricas, mas também o será em países emergentes, Sydney Junior como China e Índia. “Vamos analisar se custa mais barato trazer do exterior ou até mesmo fazer partes lá fora e importar para o Brasil”. Mas será que o câmbio é o verdadeiro responsável por essa mudança de estratégia? Uma das maiores fabricantes mundiais de carrocerias de ônibus, a Marco- polo é líder no Brasil, e a sua posição é mantida graças à preocupação com o desenvolvimento tecnológico. Há 55 anosmantémsuas atividades de forma ininterrupta, tendo nesse período produzido mais de 150 mil ônibus. A capacidade total de produção da empresa é de 110 ônibus/dia. O grupo gaúcho detém participação de 6,5% no mercado mundial. Está atrás apenas da China e dos Estados Unidos, sendo que a diferença para os americanos é praticamente nula. A empresa tem bases de produção ativas noMéxico, Colômbia, Portugal eÁfrica Manter o bem-sucedido modelo de expansão internacional a partir de sua base brasileira ou buscar uma nova estratégia, em razão do câmbio desfavorável, que penaliza as exportações de partes e componentes para posterior montagem no exterior. Mas será que o câmbio é o ver- dadeiro responsável por esta mu- dança de estratégia?

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