Revista da ESPM - SET-OUT_2007

Eva Stal 27 SETEMBRO / OUTUBRO DE 2007 – R E V I S T A D A E S P M reas.Mas,devidoaograndecrescimento econômicodopaís,háumaextensama- lha rodoviária em construção. Uma das principais obras, o Golden Quadrilate- ral, tem mais de 10 mil quilômetros de estradas interligando as quatro maiores cidades do país. O CONTEXTO ECONÔMICO BRASILEIRO ATUAL Nos dois primeiros meses de 2006, cerca de 600 empresas brasileiras de- sistiramde exportar, devido ao câmbio desfavorável. Estavampreparadas para competir num cenário onde umdólar valia cerca de três reais e, na época, essa equivalência chegou a 2,10 reais. O vigor da balança comercial, com repetidos superávits, resultou basica- mente da exportação de commodities (açúcar, minério de ferro e petróleo). O Brasil contribui com apenas 1,1% de produtos manufaturados no mer- cado internacional. Não adianta culpar o governo, pois certasvariáveisdomacroambienteestão fora do controle dos países. A experiên- cia mostra que é preciso reinventar a formade se fazer negócios,mesmoque, paraisso,aempresaacabeprejudicando seus fornecedores, passando a comprar matérias-primas, partes e peças de fornecedoresdeoutrospaíses,queofere- çam preços menores ( outsourcing ). No setor calçadista, indústria intensiva em mão-de-obra, o principal proble- ma são os salários e custos trabalhistas. Dados da indústria de calçados mos- tram que em 2006 o custo da hora do trabalhador brasileiro era de 2,24 dólares, contra 67 centavos de dólar do operário chinês. Neste caso, transferir parte da produção para outros países tem sido a solução adotada pela Azaléia (produção anual superior a 30 milhões de pares), que entregou a produção de um lote inicial de 60mil sapatos, que serão exportados para os Estados Unidos, a um fabricante chinês, a um custo 30 a 40%menor do que se fossem fabricados no Brasil. A Paramont chegou à China nos anos 90, e hoje fabrica 25 milhões de pares por ano em mais de 30 fábricas terceiriza- das na região de Cantão, pólo produtor de calçados. Outros fabricantes como Paquetá, Picadilly e West Coast vão inaugurar fábricas na Argentina, bene- ficiando-se de acordos bilaterais com México e Estados Unidos. Muitas subsidiárias de empresas multi- nacionaisqueescolheramoBrasil como plataforma de exportações também enfrentamosmesmosproblemas, eseus diretores lutam para que a posição des- sas subsidiárias na estratégia global das empresas não seja alterada. O mercado de transporte rodoviário no Brasil está saturado, desde 1995 ele Na área de desenvolvimento trabalham engenheiros e projetistas para atender à demanda de cada cliente, com mais de 50 opções de bares e banheiros e 20 cores para forros. Ð Fotos concedidas pela Secco Consultoria de Comunicação - Arquivo Marcopolo

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