Revista da ESPM - SET-OUT_2007

45 SETEMBRO / OUTUBRO DE 2007 – R E V I S T A D A E S P M Milton Selligman SEQÜÊNCIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMBEV – SEQÜÊNCIA DE OPERAÇÕES E SEQÜÊNCIA DE PAÍSES AquisiçãodeunidadenaArgen- tina e naVenezuela (aquisição feita pela Brahma). Aquisição de duas cerveja- rias no Uruguai: a Salus (em associação com a Danone) e a Cympay. AmBev adquire os ativos de uma cervejaria no Paraguai e inicia expansão para a América Central, a partir da Guatemala. Closing da aliança AmBev- Quilmes. Hoje a participação da AmBev em Quinsa é de 91,8%. AmBev anuncia a aquisição do controle da Cervejaria SurAmericana, no Equador; entra no mercado peruano, por meio de uma operação greenfield; a Fábrica da Gua- temala entra em operação. AmBev anuncia a sua chega- da à República Dominicana; e anuncia sua aliança AmBev – Interbrew. Cervecería Rio anuncia en- trada no mercado de El Salva- dor, por meio de importação de cerveja produzida na Guatemala. Aquisição da Lakeport, no Canadá. 1994 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2007 A AmBev anuncia a cons- trução de uma cervejaria na Guatemala, em associação com a CabCorp (engarra- fadora âncora da Pepsi na região), além da associação com a argentina Quilmes. são apresentadas. Temos bons exemplos de entrada em novos mercados a partir de operações “green field”, com a construção de fábricas e início de operação a partir do zero, associações com sócios estratégicos e aquisição do controle de outras companhias. GRACIOSO – Depois de uma aquisição para entrar num novo país, como se combina a estraté- gia de continuar trabalhando a marca local, uma vez adquirida, e introduzir novas marcas no mercado local? E qual é a par- ticipação de brasileiros nas com- panhias adquiridas? MILTON – A estratégia é anali- sada caso a caso, de acordo com as particularidades e sinergias ofe- recidas por cada região. De um modo geral, temos participado do controle de nossas operações nos mercados em que estamos presentes. GRACIOSO – Existe um mix de marcas locais e marcas globais? O posicionamento das marcas globais varia de país para país? MILTON – A marca global da AmBev é a Brahma, presente em mais de 30 países. O posiciona- mento das marcas pode variar um pouco conforme a cultura de cada localidade. HOJE, APROXIMADAMENTE 37% DA RECEITA LÍQÜIDA DA AMBEV PROVÊM DE OPERAÇÕES DE FORA DO BRASIL. ES PM práticas e processos prevaleçam e por indicar os melhores talentos presentes em cada uma das com- panhias para garantir uma gestão eficiente. A união fez nascer uma nova e empreendedora mentalidade, resultante do que há de melhor em cada companhia. Executivos da AmBev assumiram postos de comando na Bélgica, bem como executivos da InBev foram trazidos para a AmBev, o que garantiu o intercâmbio das melhores práticas de gestão. GRACIOSO – Quão brasileira permanece a AmBev? MILTON – A AmBev é uma empre- sa brasileira, listada na Bolsa de Valores de S. Paulo. A InBev é uma das empresas que compõe o bloco de controle da companhia, junta- mente com a Fundação Antônio e Helena Zerrener (FAHZ). O im- portante é ter claro que a AmBev permanece brasileira. GRACIOSO – A AmBev parece preferir a aquisição como forma de entrada num novo país. É uma preferência cultural? Isso é carac- terística do setor? MILTON – Na verdade, a estraté- gia para a entrada da empresa em cada país varia de acordo com a conjuntura do mercado local e com as oportunidades que

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