Revista da ESPM - SET-OUT_2007

Marcos Amatucci e Eva Stal 47 SETEMBRO / OUTUBRO DE 2007 – R E V I S T A D A E S P M cano, com um total de 19,6 milhões de toneladas de aço por ano. A produção total da empresa em 2006 foi de 28,3 milhões de toneladas, entre aço bruto (placas, blocos e tarugos) e laminados. Possui usinas localizadas no Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, México, Peru e Uruguai. Possui também 40% de participação societária com o banco Santander, na empresa espanhola Sidenor, fabricante de aços especiais, usa- dos nas indústrias mecânica e automobilística. Suas ações estão listadas nas bolsas de valores do Brasil, Estados Unidos, Canadá e Espanha. No ranking global, há dez anos ocupava a 61 a posição e hoje já é o 13 o maior produtor. No Brasil está em 3 o lugar, atrás do grupo Usiminas/Cosipa e da Mit- tal-Arcelor, a maior do mundo (em junho de 2006, a indiana Mittal comprou a francesa Arcelor por 18 bilhões de dólares), que controla a Acesita/CST/Belgo. É também um dos maiores recicladores das Améri- cas, ao reaproveitar cerca de 11 milhões de toneladas de sucata por ano, sua principal matéria-prima. De acordo com levantamento da Fundação Dom Cabral (2006), é o grupo privado mais internacionali- zado do Brasil, entre 24 empresas listadas. Este ranking levou em conta sete indicadores de inserção inter- nacional, entre os quais mercados de atuação, ativos existentes no exterior, domínio da cadeia de valor, vendas no exterior em relação a ven- das totais, número de empregados no exterior, número de anos desde a instalação da primeira subsidiária no exterior, dentre outros critérios. Este artigo examina o crescimento da Gerdau à luz do modelo teórico de Stephen Hymer (1960), um dos primeiros teóricos da internaciona- lização, que explicou com um mínimo de fatores as vantagens competitivas que uma empresa aufere ao exercer a propriedade de ativos no exterior. A TEORIA DE HYMER DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO (IED) Em sua tese de doutoramento apre- sentada ao MIT em 1960, Hymer busca responder à questão básica: os IED obedecem às mesmas leis econômicas de fluxo internacional de capitais, de acordo com as quais estes se movem segundo diferenças de taxas de juros, do país de menor taxa para o país de maior taxa de juros? E conclui que a resposta é não. Os IED, longe de se comportarem de acordo com o modelo clássico de fluxo de capitais, seguem a lógica das operações internacionais da firma. As s im, o I ED é de t erminado pela extensão das operações i n t e r nac i ona i s de cada em- presa, no sentido de explorar a s i t u a ç ã o d e p r o p r i e d a d e ( ownership) e seu respectivo controle, de uma empresa em um país por parte de outra em seu país de origem. É também um dos maiores recicladores das Américas, ao reaproveitar cerca de 11 milhões de toneladas de sucata por ano, sua principal matéria-prima. Ð Foto: Elvis Santana Fotos:Andrew Beierle

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