Revista da ESPM - SET-OUT_2007

73 SETEMBRO / OUTUBRO DE 2007 – R E V I S T A D A E S P M Alexandre Lacerda da Landim so; e, em países desenvolvidos, deve-se manter uma constante busca por inovação e sofisticação (PORTER, 2006, p.53). Por outro lado, é necessário um processo contínuo de atualização e uma disposição para o abandono de modelos anteriormente bem-su- cedidos que, diante de alguma modificação no cenário local, regional ou mesmo internacional, poderão tornar-se obsoletos. Através dessas “lentes”, e com base em dados a respeito do desempenho dos países emer- gentes, é possível dissecar o sig- nificativo déficit competitivo que o Brasil apresenta com relação aos demais BRICs. Dois dos principais rankings da economia mundial classificam o país como o parceiro mais fraco no grupo das grandes nações em desenvolvimento. No The Global Competitiveness Re- port (GCR) publicado pelo World Economic Forum – WEF, em 2006, o panorama teria sido: Brasil, 66 a colocação (entre 125 países); Rús- sia, 62 a ; China, 54 a ; e Índia, 43 a . Já no World Competitiveness Yearbook (WCY) publicado pelo International Institute for Management Develop- ment - IMD, o Brasil ocupou a 49 a colocação; a Rússia, a 43 a ; a Índia, a 27 a ; e a China, a 15 a . Não obstante, analisando os da- dos setorizados desses estudos, percebe-se o papel exercido pela classe empresarial brasileira que, mesmo à revelia de um ambiente econômico mais promissor, atua de modo a elevar os padrões com- petitivos do país, internalizando processos de alta qualidade com foco nas áreas de sofisticação e ino- vação empresarial, como podem ser observados nos dados retirados do The Global Competitiveness Report publicado pelo World Eco- nomic Forum - WEF, em 2006: NO CRITÉRIO “ SOFISTI- CAÇÃO EMPRESARIAL ”, O BRASIL OCUPOU, EM 2006, A 2 a COLOCAÇÃO EN- TRE OS BRICS E A 38 a NO GERAL; A ÍNDIA, 1 a ENTRE OS BRICS, OCUPOU A 25 a GERAL; A CHINA, A 65 a ; E A RÚSSIA, A 77 a ; NO CRITÉRIO “ INOVAÇÃO ”, O BRASIL SEGUE NA 2 a POSIÇÃO DO GRUPO 38 a GERAL; A ÍNDIA OCUPA A 26 a ; A CHINA, A 46 a ; E A RÚSSIA, A 59 a . AO AGREGAR OS DOIS CRITÉRIOS, O ESTUDO DE- FINE O DESEMPENHO DOS PAÍSES PARA “ FATORES DE INOVAÇÃO ”, SEGUNDO O QUAL A ÍNDIA ESTARIA NO 26 o LUGAR, O BRASIL NO 38 o , A CHINA NO 57 o E A RÚSSIA NO 71 o . No caminho inverso, a estrutura governamental brasileira apre- senta um desempenho pífio, traduzido em uma percepção negativa da maioria dos indica- dores ligados às ações e políticas públicas. No ranking do GCR- WEF 2006 para o índice que agrega todos os critérios relacio- nados a “FATORES BÁSICOS”, em 2006, os BRICs se colocam da seguinte forma: China, 44 a colo- cação geral; Índia, 60 a ; Rússia, 66 a ; e, por último, Brasil, 87 a . COMPETITIVIDADE BRASIL A elaboração de um gráfico que reproduz a estrutura competitiva do Brasil possibilitou observar os proble- mas desse modelo e propor diretrizes para a sua melhoria, tirando provei- to de uma forma de comunicação didática e elucidativa. A figura estrutural de competi- tividade de uma nação pode ser dividida em três níveis: Analisando os dados setorizados desses estudos, percebe-se o papel exercido pela classe empresarial brasileira que, mesmo à revelia de um ambiente econômico mais promissor, atua de modo a elevar os padrões competitivos do país, internalizando processos de alta qualidade, como podem ser obser- vados nos dados retirados do The Glo- bal Competitiveness Report publicado pelo World Economic Forum - WEF, em 2006. Ð Alexandre Lacer

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