Revista da ESPM - SET-OUT_2007
77 SETEMBRO / OUTUBRO DE 2007 – R E V I S T A D A E S P M D e fato, a questão do crescimento econômico é fundamental. O Brasil já foi uma China e pretendemos voltar a ser. Entre 1950 e 1985, nossa taxa média de crescimento anual do PIB foi de 6,5%, enquanto eles – com um incremento populacional um pouco maior – não passavam de um cresci- mento de 3,7 ou 3,8% ao ano. Isto quer dizer que, nessa época, a renda per capita no Brasil dobrava. O cidadão quando via o filho en- trando na universidade tinha uma renda duas vezes maior do que quando o filho nasceu; e, como avô, ao ver seu neto na universidade, tinha sua renda já quadruplicada. No momento mais rápido de cresci- mento, tivemos uma redução da inflação... Aconteceu qualquer coisa aqui, em 1985. A última vez em que o Brasil cresceu robustamente foi no governo Itamar. Quando eu digo isso, as pessoas esboçam um sorriso, porque o Itamar tema fama de ter sido um mau presidente. Na verdade ele fez uma administração bastante enga- jada; tínhamos um superávit primário de 5%, a dívida era de 30%, a carga tributária era de 25%. Quando se vê a situação hoje, é o oposto: 2,9% de déficit; uma carga tributária brutal, de 38%; uma dívida de 48%do PIB e que já chegou a atingir 52%. Isso dá uma visão do que aconteceu. Entre 1986 e 1994, o crescimento caiu para 2,3%; de 2003 a 2006 foi para 3,4%, e, agora, com um pouco de sorte, talvez possamos chegar a uns 4,8, quem sabe 5%, em 2007. ANTONIO DELFIM NETO “ PARA EXPORTAR MAIS, TEMOS DE IMPORTAR ” TONIO DELFIM NETO ANTONIO DELFIM NETO Ð
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